As autoridades de Roma começaram a remover as keyboxes, pequenos cofres usados para o check-in automático em aluguéis de curta duração. A medida segue a proibição nacional desse tipo de acesso e busca reforçar a segurança pública, especialmente diante do grande fluxo de visitantes esperado para o Ano Jubilar de 2025. Além de fiscalizar os aluguéis turísticos, a decisão também preserva o patrimônio histórico da cidade e mantém a ordem urbana.
REMOÇÃO DAS KEYBOXES E FISCALIZAÇÃO EM ROMA
A prefeitura de Roma iniciou a remoção das keyboxes instaladas em espaços públicos, aplicando a nova regulamentação que proíbe o check-in automático em aluguéis de curta duração.
Equipes municipais percorrem ruas próximas ao Circo Máximo e outras áreas turísticas para retirar os dispositivos, utilizando ferramentas específicas para a remoção. Após a apreensão, os agentes deixam avisos informando sobre a proibição e as penalidades para quem insistir no uso irregular.
O secretário municipal de Turismo, Alessandro Onorato, afirmou que a fiscalização continuará até que os administradores de imóveis turísticos se adequem às novas regras. A regulamentação proíbe qualquer tipo de objeto afixado em bens patrimoniais históricos, arqueológicos e artísticos, permitindo as keyboxes apenas no interior dos condomínios. Proprietários que não respeitarem a norma podem receber multas de até 400 euros.
O QUE SÃO KEYBOXES?
As keyboxes são pequenos cofres de segurança que armazenam chaves e facilitam o acesso a imóveis alugados por curta duração. Os anfitriões utilizam esses dispositivos para permitir que os hóspedes entrem sem contato direto, inserindo um código numérico ou eletrônico para abrir o compartimento e retirar a chave. Normalmente, os proprietários instalam as keyboxes em portões, grades, paredes externas de edifícios ou postes próximos à entrada do imóvel.
Embora ofereçam praticidade para a gestão de hospedagens, esses dispositivos têm enfrentado restrições em algumas cidades. Em Roma, as autoridades consideram o uso em espaços públicos uma violação às normas de patrimônio e segurança e começaram a removê-los.
REAÇÃO DO SETOR E IMPACTO PARA O TURISMO
A decisão de remover as keyboxes e proibir o check-in automático gerou críticas entre administradores de aluguéis de curta duração. A Associação Italiana de Gestores de Aluguéis de Curta Duração (Aigab) argumenta que a medida prejudica o setor ao limitar o uso de tecnologias que facilitam a hospedagem.
Representantes da associação defendem que as keyboxes não servem apenas para o check-in dos hóspedes, mas também ajudam no acesso de equipes de limpeza e na entrega de chaves de emergência. Apesar das críticas, as autoridades mantêm a posição de que a regulamentação reforça a segurança pública e protege o patrimônio da cidade.
Com a aproximação do Ano Jubilar de 2025, que deve atrair mais de 32 milhões de turistas para Roma, a cidade busca equilibrar a recepção de visitantes com a preservação da segurança e da qualidade de vida dos moradores.
Além disso, a remoção das keyboxes representa mais um passo no esforço das autoridades para fiscalizar os aluguéis de curta duração e reduzir os impactos negativos do turismo em larga escala.
