TAXAS
Para a entrada na ilha de Fernando de Noronha é exigido o pagamento da Taxa de Preservação Ambiental (TPA). A TPA é uma taxa individual, intransferível e obrigatória que é cobrada de acordo com o tempo de permanência do turista na ilha. A cobrança é realizada pela quantidade de dias que a pessoa deseja permanecer no destino.
Os valores atualizados em abril de 2024, são:
- 1 dia de permanência na ilha: R$ 97,16
- 2 dias de permanência na ilha: R$ 194,32
- 3 dias de permanência na ilha: R$ 291,48
- 4 dias de permanência na ilha: R$ 388,64
- 5 dias de permanência na ilha: R$ 478,02
- 6 dias de permanência na ilha: R$ 547,98
- 7 dias de permanência na ilha: R$ 617,93
- 8 dias de permanência na ilha: R$ 687,89
- 9 dias de permanência na ilha: R$ 757,84
- 10 dias de permanência na ilha: R$ 827,79
Para encontrar a tabela completa com todos os valores atualizados conforme os dias de permanência na ilha, clique aqui.
A taxa pode ser paga na internet e ao desembarcar na ilha, porém ao regularizar isso com antecedência você consegue economizar seu tempo para desfrutar mais tempo nesse paraíso.
Observando a lista com os respectivos valores, é importante comentar que a partir do 11º dia, a taxa encarece gradativamente. Outro dado interessante é que há número máximo de dias que um visitante pode ficar em Noronha, que é 30 dias.
A lista define ainda outra regra importante: caso o turista exceda o tempo de permanência previamente agendado, a taxa pelos dias excedentes será cobrada em dobro.
Observação importante: não se esqueça de guardar o recibo do pagamento da taxa — ele será pedido na hora do check-in do seu voo de volta ao continente.
Há também o ingresso para o Parque Nacional Marinho (PARNAMAR). Este não é de caráter obrigatório, porém, é altamente recomendado a compra, já que o Parque Nacional Marinho representa 70% do arquipélago, e para realizar as atividades que necessitam sua entrada é necessário a apresentação do ingresso.
Os ingressos do PARNAMAR são necessários para acessar as praias e trilhas localizadas dentro da área do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, assim como realizar passeios de barco e mergulho. O ingresso, válido por 10 dias, custa R$ 179 para brasileiros que apresentarem seus documentos nacionais e R$ 358 para estrangeiros. Os valores serão esses até outubro de 2024. A partir de 01 de novembro de 2024 os valores terão um reajuste de 4,19% passando a custa R$ 186,50 para brasileiros e R$ 373 para estrangeiros.
Crianças abaixo de 12 anos de idade e idosos acima dos 60 anos (brasileiros e estrangeiros) não precisam pagar pelo ingresso. Após a compra, que pode ser feita na chegada, você deve cadastrar sua biometria e pegar o cartão do parque na própria bilheteria.
É possível também comprar os ingressos online através do site do PARNAMAR ou diretamente nesse link. Mesmo comprando online você ainda deverá se apresentar na bilheteria para pegar o cartão e colher a biometria. Recomendamos acessar e explorar o site do Parque, pois há informações importantes disponíveis, além de dicas e materiais turísticos.
Cada atração do PARNAMAR possui suas próprias regras de agendamento e comportamento dos turistas, e algumas requerem acompanhamento obrigatório de condutor certificado.
É preciso agendar certas atrações e o agendamento pode ser feito com no máximo seis dias de antecedência, visando democratizar o acesso às atrações a todos os visitantes, que costumam passar uma média de cinco dias no destino. O agendamento é feito na própria ilha, no Centro de Visitantes da Vila Boldró, em terminais de autoatendimento ou através do aplicativo. Os terminais começam a funcionar às 8h e fecham às 19h.
Planeje-se para ficar na fila do agendamento por até duas horas; sim, é um tempo que pode parecer perdido, porém vale a pena para conseguir visitar as atrações mais concorridas, como a trilha do Atalaia. Nesse caso, procure chegar uma hora antes da abertura dos terminais, para tentar pegar uma das primeiras senhas. Caso sua viagem seja curta (menos de uma semana), considere focar seu tempo em conhecer as belezas da ilha que não necessitam de agendamento, assim você corta o tempo dispensado em fila e aproveita melhor a visita.
Fique atento às regras escritas no verso do voucher de agendamento. É importante respeitar o horário agendado. É aconselhado chegar na atração agendada com cerca de 20 minutos de antecedência.
O QUE LEVAR
Proteção contra o sol: quem vai a Noronha logo percebe que o protetor solar não é tão bem-vindo aqui quanto em outros destinos de sol e calor. Entrar nas paradisíacas piscinas naturais, berçários marinhos e locais de alimentação de tartarugas e tubarões utilizando protetor solar é proibido — aliás, o uso de qualquer dermocosmético dentro das áreas de corais é proibido, incluindo repelentes, bronzeadores e hidratantes.
O motivo para isso é que protetores solares possuem, em sua composição, oxibenzona/benzofenona (BP) ou etilhexil metoxicinamato (EHMC), substâncias tóxicas que podem ser absorvidas pelos corais, matando-os ou prejudicando seu ciclo reprodutivo, e assim afetando toda a cadeia alimentar marinha. O dano é reconhecido internacionalmente, e as substâncias já foram proibidas pelo arquipélago de Palau e pela ilha do Havaí, em 2020, e o uso de protetores também foi totalmente proibido dentro de áreas de preservação natural como o Parque Marinho, na Tailândia, em 2021. Confira a lista de substâncias proibidas por Palau abaixo.
- oxybenzona (benzofenona-3)
- etilparabeno
- octinoxato (metoxicinamato de octila)
- butilparabeno
- octocrileno
- metilbenzilideno cânfora
- benzilparabeno
- triclosano
- metilparabeno
- phenoxyethanol
Resumo da ópera: se puder, não leve protetores tradicionais. Prefira protetores sem os ingredientes da lista acima, em especial a oxibenzona ou benzofenona (e cheque pelas substâncias, não pelos selos de “seguro para corais”). Melhor ainda, busque adquirir uma camiseta com proteção UV, que muitas vezes é mais eficaz do que protetores solares. Acrescente um chapéu e óculos escuros ao seu guarda-roupa de viagem. Esqueça os bronzeadores se for entrar na água, e guarde os repelentes para trilhas sem banho de mar. Só não deixe de se proteger contra o sol.
Recipientes reutilizáveis: Em razão de uma lei decretada em 2019, Fernando de Noronha proibiu a entrada de recipientes de plástico e isopor, incluindo talheres, canudos, pratos e garrafinhas de menos de 500 ml. Para não sofrer com a desidratação, especialmente nos pontos mais isolados e sem comércio da ilha, leve uma garrafa de metal e sacolas reutilizáveis, como ecobags. Procure levar apenas o necessário, e não traga canudos, talheres e utensílios do tipo com você, mesmo que de metal, a não ser que sejam imprescindíveis.
Dinheiro em espécie: Devido à conexão instável de Internet nesse ponto distante do continente, o funcionamento das máquinas de cartão de crédito e débito não é garantido. Você não precisará se preocupar em pagar hospedagem com dinheiro em espécie, mas leve uma quantia razoável para restaurantes, comércios e contratação de guias (e lembre-se, Noronha é uma ilha cara!).
Não é preciso levar o dinheiro da viagem toda direto do continente: a ilha tem terminais do Banco24Horas para realização de saques dos bancos conveniados. Fora isso, entretanto, tem apenas as agências do Santander e do Bradesco, com planos para a inauguração de uma terceira agência, da Caixa Econômica Federal.
Calçados antiderrapantes: Noronha é um destino de trilhas e natureza, e ainda por cima conta com uma composição mineral vulcânica devido à sua localização. Com o efeito da água do mar ou da chuva (durante o inverno), quem anda com um sapato inadequado pode correr o risco de se machucar ao andar em trechos de pedras molhadas e escorregadias. A melhor opção é adquirir uma sapatilha aquática, um calçado antiderrapante feito de neoprene, um tecido utilizado em roupas de mergulho que dispõe de elasticidade, impermeabilidade e proteção térmica.
Não recomendamos que as trilhas sejam feitas de chinelos, por causa dos trechos sobre pedras e água que estão presentes na maioria dos percursos. Um tênis pode ser utilizado, apenas tenha noção de que poderá ser molhado em algum momento.
Equipamento de mergulho: Não tem como ir a Noronha sem mergulhar com os peixes, os tubarões, arraias e tartarugas, portanto você se verá usando o kit snorkel + máscara de mergulho + nadadeira (pés de pato), assim como o colete flutuador, provavelmente todos os dias da viagem. O aluguel do kit e do colete custa em média R$ 20 cada, e você terá que alugar várias vezes ao longo da sua estadia — mais de uma vez por dia, pelo menos — se quiser aproveitar o melhor de Noronha.
Portanto, caso você goste de mergulhar e pretenda levar esse hábito para viagens a outros destinos também, considere adquirir todo o equipamento (exceto o colete) por conta própria e levar de casa até a ilha; um kit com snorkel, máscara e nadadeiras pode ser encontrado a partir de R$ 180 em lojas esportivas.
Noronha Plástico Zero
Com o objetivo de manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado, em Fernando de Noronha é proibida a entrada, comercialização e o uso de recipientes e embalagens descartáveis de material plástico ou similares, de acordo com o Decreto Distrital nº 002, de 12 de dezembro de 2018.
Dessa forma, ficam proibidos os seguintes produtos descartáveis: garrafas plásticas de bebidas com capacidade inferior a 500 ml, canudos, copos, pratos, talheres e sacolas plásticas e descartáveis e, ainda, embalagens e recipientes descartáveis de isopor.
Fernando de Noronha é um arquipélago pertencente ao Estado de Pernambuco. O arquipélago é formado por 21 ilhas, sendo que a maior delas, Fernando de Noronha, é a única habitada. As outras ilhas representam 2/3 do arquipélago sendo administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conversação de Biodiversidade (ICMBio). O restante é protegido pela Área de Proteção Ambiental – APA.
Para simplificar a pesquisa do viajante, separamos as principais informações a respeito do destino:
- Principal aeroporto: Aeroporto de Fernando de Noronha – Carlos Wilson (FEN)
- Documentos de entrada no Arquipélago: Pagamento da taxa de preservação ambiental + ingresso para ter acesso ao Parque Nacional Marinho (Parnamar).
- Fuso horário: UTC/GMT-2 (ou seja, uma hora a mais que o horário de Brasília)
- Voltagem: 220v
- Tomada: as tomadas são do Tipo C (dois conectores circulares)
- Clima: tropical
- Bioma: Mata Atlântica
- Para mais informações: https://www.noronha.pe.gov.br
Para demais informações sobre Fernando de Noronha, clique no guia do destino e selecione as matérias desejadas.
O Aeroporto de Fernando de Noronha é bem pequeno, recebendo voos diários de apenas três cidades do Nordeste: Recife, Natal e Fortaleza. Essas são as três únicas cidades de onde partem voos diretos à ilha, portanto, para chegar nesse paraíso é inevitável parar em uma delas antes de partir para o Atlântico.
Entre o continente e o arquipélago, os voos são operados pela Azul (a partir de Recife e Natal) e pela GOL (a partir de Recife), e pela VOEPASS em parceria com a LATAM (saindo de Fortaleza, Recife ou Natal).
Com a VOEPASS são duas frequências diárias saindo de Recife e uma frequência diária saindo de Natal e Fortaleza. Com a Azul são cinco frequências diárias saindo de Recife e uma frequência semanal (aos sábados) saindo de Natal. Por fim, a GOL opera um voo diário, todos os dias da semana, saindo de Recife.
As passagens partindo de São Paulo variam entre as médias de R$ 1.500 a R$ 3.500, referente à baixa e alta temporada, respectivamente.
Fernando de Noronha é lar da menor rodovia federal do país, a BR-363, e a partir dela é possível visitar toda a ilha e seus atrativos, já que as estradas em direção às trilhas e praias são todas travessas da BR.
Há uma linha de ônibus que percorre a rodovia de um extremo a outro, tendo o Porto de Santo Antônio e a Baía de Sueste como pontos iniciais/finais, saindo a cada meia hora. A passagem do ônibus custa R$ 5 para turistas (moradores entram e saem do ônibus sem pagar nada).
Fora o ônibus, as formas de transporte mais indicadas para locomoção na ilha são táxi, bicicleta e a boa e velha caminhada.
É possível alugar buggies também (cerca de R$ 350 a diária), que podem trazer mais liberdade na hora de planejar seus percursos, mas o preço da gasolina é alto — R$ 8,50 em abril de 2024 —, e os veículos são antigos e de difícil manuseio.
Os hotéis também oferecem traslado desde o aeroporto, mas a recomendação dos viajantes é preferir um táxi. O trajeto de táxi dura dez minutos, enquanto que, no traslado, há reclamações sobre a lentidão proposital dos veículos para que os condutores possam promover e vender seus passeios aos passageiros. De um ponto a outro da ilha, os taxistas costumam fazer viagens com valores fechados; uma corrida curta sai por R$ 25, e as mais longas, por volta de R$ 60.
A melhor solução de mobilidade não é a mesma para todos os dias da sua viagem, nem para todos os atrativos que quiser visitar. Mas pode confiar no sistema de transporte da ilha, contudo, se seus planos incluírem muitos dos pontos mais afastados e trilhas difíceis, organize-se para alugar um buggy por pelo menos um ou dois dias.
Na ilha existem também os serviços de locação de carro, com diárias de aluguel com as seguintes faixas aproximadas:
- TR4: R$ 550,00 a R$ 650,00;
- Buggy : R$ 350,00 a R$ 400,00;
- Moto: R$ 150,00 a R$ 200,00;
- Bicicleta elétrica: R$ 80,00 a R$ 100,00;
- Bicicleta comum: R$ 50,00 a R$ 70,00; e
- Caminhonetes maiores (dependem da quantidade de pessoas e modelo) R$ 800,00 a R$ 2.200,00.