Londres

O Reino Unido está entre destinos mais desejados por brasileiros para viajar e viver. Atualmente formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, é lar de povos diferentes, com construções históricas que vão desde o Big Ben ao Stonehenge. Do futebol à música, de Gordon Ramsay a James Bond, o Reino Unido tem muito a oferecer a quem decide viajar com milhas e pontos para lá. Existem muitos programas de fidelidade que oferecem disponibilidade award para a rota e cada um deles tem possui vantagens e desvantagens.

Para realizar uma emissão de passagem aérea para um destino específico, é essencial primeiro entender quais são as rotas disponíveis até chegar lá. Uma forma eficaz é utilizar ferramentas como o FlightConnections, que oferece uma visão abrangente das opções de voos e das companhias aéreas que operam nessas rotas.

Ao pesquisar as rotas para o Reino Unido, utilizando o aeroporto de Londres Heathrow (um dos mais conectados do mundo) como porta de entrada, por exemplo, é possível descobrir uma variedade de opções de companhias aéreas, incluindo a British Airways, LATAM, Emirates, Etihad, Air France, Iberia, American Airlines, United, entre inúmeras outras. A partir daí, ao considerar as possibilidades de emissão de passagem, é importante levar em conta as alianças aéreas das companhias envolvidas. Por exemplo, a Qatar Airways faz parte da aliança oneworld, enquanto a Emirates e a LATAM, que não fazem parte de nenhuma aliança, têm parcerias bilaterais com várias companhias aéreas ao redor do mundo. Isso significa que os passageiros podem acumular milhas em programas de fidelidade associados a essas alianças, como, por exemplo, no programa LATAM Pass para voos operados pela Qatar.

Resgates usando programas nacionais

Com os programas nacionais, podemos emitir passagens com milhas e pontos em voos próprios ou com companhias parceiras. Para este destino específico, em todos os casos, teremos uma precificação dinâmica, cujos valores podem flutuar conforme a data e a disponibilidade award. 

LATAM Pass (LATAM)

A LATAM Airlines opera voos diretos para o principal aeroporto do Reino Unido, Londres Heathrow (LHR), partindo do Aeroporto de Guarulhos (GRU). Além da possibilidade de voar com a própria LATAM, com o LATAM Pass também é possível emitir voos com destino a Londres com a British, também em voo direto, ou ainda com a Iberia, Lufhtansa e Qatar, realizando conexões em Madrid, Frankfurt e Doha, respectivamente. O resgate de passagens pode ser realizado de forma totalmente online com pontos LATAM Pass. No programa, o custo em pontos é baseado no preço da passagem em dinheiro, o que chamamos de tarifa comercial. Sendo assim, quanto mais barato estiver em dinheiro, menor será a quantidade de pontos exigidas.

Smiles (GOL)

A Smiles, programa de fidelidade da GOL, comercializa dois tipos de tarifas para emissões de passagens de companhias aéreas parceiras: a Tarifa Award e Tarifa Comercial. No entanto, é nas passagens em tarifa award que encontramos os preços mais vantajosos e com baixas taxas de embarque. Estes bilhetes possuem uma disponibilidade limitada e só estão disponíveis para algumas companhias parceiras.

Com a Smiles, não existem companhias parcerias que realizem voos direto para o Reino Unido partindo do Brasil. No entanto, é possível encontrar bilhetes awards, para viagens com conexão, com diversas companhias europeias como a Air France, KLM e Turkish Airlines e ainda com a American Airlines, avianca, Aeromexico e Emirates.

Para voar com a Air France, podemos encontrar voos com conexão em Paris saindo de Fortaleza (GRU), Rio de Janeiro (GIG) ou São Paulo (GRU). Também encontramos disponibilidade com a Aeromexico, realizando conexão na Cidade do México (MEX) por 90.600 milhas em Classe Econômica, sendo o menor valor absoluto encontrado no programa Smiles.

Azul Fidelidade (Azul)

No Azul Fidelidade, existe a possibilidade de emitir voos com pontos em companhias parceiras através do Interline Azul, agora chamado de “Azul pelo Mundo em pontos”. Para o Reino Unido, é possível emitir voos com a Air Canada, Emirates, Turkish e United, uma vez que estas são parceiras do programa que oferecem tarifas award. Com a United, quando há disponibilidade award, costuma-se observar o menor custo em pontos do programa.

Em alguns momentos, o Azul Fidelidade costuma disponibilizar descontos para estas emissões, o que pode deixar o custo em pontos mais baixo e, consequentemente, mais interessante.

Resgates usando programas da Star Alliance

Os programas da Star Alliance oferecem voos envolvendo principalmente as companhias United Airlines, Lufthansa, TAP, Turkish Airlines e SWISS. A maior vantagem em vários deles é a oportunidade de emitir voos com precificação fixa. Ou seja, havendo disponibilidade em tarifa award, o custo não sofrerá alterações, independente da data pretendida. No entanto, também são programas com milhas mais valiosas, com poucos ou até nenhum parceiro bancário no mercado nacional.

ConnectMiles (Copa Airlines)

O ConnectMiles precifica de forma fixa os trechos entre o Brasil e a Europa, com o custo de 47.500 o trecho em Classe Econômica e 87.500 em Classe Executiva. No programa, é possível emitir voos com as companhias parceiras da Star Alliance, que citamos no início deste tópico, como com a Azul. Dependendo da demanda pela data, os valores podem dobrar. No voo de São Paulo (GRU) a Londres (LHR), o que notamos foi uma preferência do programa em traçar rotas envolvendo a United Airlines, com escalas nos EUA. Vale ressaltar que o programa não cobra taxa de combustível (YQ).

MileagePlus (United Airlines)

Desde a mudança da precificação do MileagePlus, as emissões com milhas no programa passaram a ter um custo flutuante, ou seja, podendo variar para mais ou para menos. No entanto, quando a tarifa é award, o preço é fixo no sentido que todas as emissões award terão o mesmo valor, variando, é claro, de acordo com a rota. Mas isso não significa que elas não possam sofrer um aumento no médio prazo. Se isso acontecer, todas as emissões award continuarão tendo o mesmo valor, porém, um valor mais alto.

No MileagePlus, assim como no programa da Copa, é possível emitir voos tanto com as companhias parceiras da Star Alliance, quanto com a Azul. O programa precifica em a emissão em 47.500 milhas para Classe Econômica e 96.300 milhas para Classe Executiva. Da mesma forma que o ConnectMiles, o programa também não cobra taxa de combustível (YQ).

lifemiles (avianca)

O lifemiles possui uma precificação fixa por região para voos com companhias da Star Alliance. Apesar do Reino Unido estar na região Europa 1, emissões cairão na tabela Europa 2, onde está a Suíça, país da escala. Assim, custam 50.000 milhas o trecho em Classe Econômica e 80.000 em Executiva para voos diretos. Teoricamente, os valores entre a região de origem e destino deveriam apresentar valores fixos. No entanto, é comum o lifemiles apresentar uma leve flutuação principalmente em voos com escalas. Assim como os programas anteriores, o lifemiles também não repassa a taxa de combustível (YQ).

Aeroplan (Air Canada)

O Aeroplan da Air Canada precifica o trecho em 80.000 milhas em Classe Executiva para voos com a Lufhtansa ou SWISS. Para a Classe Econômica, o piso é de 45.000 milhas. Cabe ressaltar que o programa não cobra a desagradável taxa de combustível (YQ).

Krisflyer (Singapore Airlines)

Já o Krisflyer, programa da Singapore Airlines, cobra apenas 44.000 milhas em Classe Econômica nos voos para a França, assim como para todos os trechos entre Brasil e Europa. Para a Classe Executiva, o valor cobrado é de 97.500 milhas. A má notícia fica por conta do programa repassar taxas de combustível de voos que partem de fora do Brasil.

TAP Miles&Go (TAP)

O TAP Miles&GO cobra 75.000 milhas em Classe Econômica e 120.000 em Executiva com companhias parceiras, como Lufthansa ou SWISS. Nas emissões com algumas companhias, como Emirates e Turkish, há o repasse da taxa de combustível inclusive para voos saindo do Brasil.

No entanto, há também voos próprios da TAP. A vantagem é que a companhia opera voos com conexão em Lisboa partindo de 10 capitais brasileiras, o que pode representar uma opção com maior conforto para quem não reside perto dos principais aeroportos internacionais do Sudeste. Além disso, é possível encontrar preços mais em conta do que ao utilizar a tabela fixa.

Resgates usando programas da oneworld

Os programas da oneworld oferecem voos envolvendo principalmente as companhias Iberia e British Airways. Assim como os programas da Star Alliance, muitos programas oferecem a oportunidade de emitir voos com precificação fixa. Portanto, havendo disponibilidade em tarifa award, o custo não sofrerá alterações, independente da data pretendida. No entanto, também são programas com milhas mais valiosas, com poucos ou até nenhum parceiro bancário no mercado nacional.

AAdvantage (American Airlines)

No AAdvantage, os resgates com companhias parceiras entre o Brasil e a Europa são tabelados em 50.000 milhas em Classe Econômica e 87.500 em Executiva. Havendo disponibilidade, é possível voar com a Iberia, com conexão em Madri (MAD), ou com a British Airways, no voo direto até Londres (LHR). O programa não repassa taxa de combustível.

Iberia Plus 

Os programas que utilizam Avios utilizam uma tabela fixa por distância voada e por alta/baixa temporada. A precificação ocorre por voo e não por distância total, então o programa somará os valores do voo do Brasil até a conexão escolhida e da conexão até o Reino Unido. É possível resgatar voando direto para Londres com a British Airways.

No entanto, os menores valores são apresentados ao se optar pela escala em Madri, com a própria Iberia. Como a cobrança é feita por voo, é possível comprar os dois voos separadamente, podendo assim realizar um stopover em Madri de forma mais prática. Ao somar os trechos, chegamos ao valor de 28.750 Avios para a Classe Econômica (21.250 + 7.500). Para a Classe Executiva, a tarifa será de 57.500 Avios (42.500 + 15.000). É possível ainda reduzir esses valores em periodos promocionais da Iberia, em que o voo para Madri custa 50% do valor.

Privilege Club (Qatar Airways)

No Privilege Club, é possível emitir de forma online voos da Qatar Airways ou voos da British Airways com conexão em Londres (LHR). Com as demais parceiras, é possível enxergar a disponibilidade online, mas, para concluir o resgate, é necessário entrar em contato com a central de atendimento do programa.

O Privilege Club da Qatar Airways cobra 45.000 Avios em Classe Econômica para Londres (LHR).

Resgates usando programas da SkyTeam

Os programas da SkyTeam oferecem voos principalmente envolvendo as companhias Air France, Air Europa, KLM e ITA Airways. Aqui também existe a oportunidade de emitir voos com precificação fixa. Ou seja, havendo disponibilidade em tarifa award, o custo não sofrerá alterações, independentemente da data pretendida. No entanto, são programas com milhas mais valiosas, com poucos ou até nenhum parceiro bancário no mercado nacional.

SUMA (Air Europa)

O SUMA, programa de fidelidade da Air Europa, possui uma excelente precificação para voos da companhia, cobrando apenas 29.000 milhas em Classe Econômica e 58.000 milhas em Classe Executiva. Não há cobrança de taxa de combustível (YQ). Veja abaixo um exemplo entre São Paulo (GRU) e Londres (LGW) com conexão em Madri. Vale lembrar que, no Brasil, a Air Europa também opera voos partindo de Salvador (SSA).

SkyMiles (Delta Airlines)

No SkyMiles, é possível realizar emissões com as companhias parceiras da SkyTeam, além de voos com a LATAM. Apesar do programa não possuir uma tabela oficial para resgates, em voos com parceiras, existe uma certa estabilidade no preço das emissões no curto e médio prazo. Veja abaixo exemplo de um voo de São Paulo (GRU) para Londres (LHR) com a LATAM, ou com escala em Amsterdã (AMS) com a KLM. A Classe Econômica é tarifada a 60.000 milhas e a Executiva a 105.000 milhas. Repare que também não incidem taxas YQ.

Flying Blue (Air France/KLM)

O Flying Blue tem precificação flutuante para os voos com a Air France e KLM. Mesmo para parceiros, o programa não possui uma tabela oficial para resgates. Nas datas com maior disponibilidade award, o programa cobra emissões, na prática, tabeladas (piso-base). Vale registrar que a existência dessas tarifas não está associada, necessariamente, às datas em que há disponibilidade para parceiros, como costumam imaginar usuários menos familiarizados com o programa. O Flying Blue repassa taxa de combustível, porém não há cobrança em emissões com origem no Brasil.

É possível voar com a Air France com conexão em Paris, ou com a KLM com conexão em Amsterdam (AMS) saindo de São Paulo (GRU) e Rio de Janeiro (GIG) para diversas cidades do Reino Unido.

Flying Club (Virgin Atlantic)

O Flying Club possui uma tabela de resgate para cada companhia aérea parceira, com um preço fixo de acordo com regiões de origem e destino, assim como já observamos em outros programas, como o Iberia Plus e o Executive Club. Já para voos próprios, a Virgin dispõe de sua própria tabela de emissão também baseada de acordo com regiões, além de categorizar valores em alta ou baixa temporada (Peak e Off Peak). Especialmente, partindo do Brasil com destino ao Reino Unido, o Flying Club está precificando o resgate do voo com a KLM a partir de 17.000 pontos. Repare que dessa vez há um repasse considerável de taxas.

Outra opção no programa são os voos diretos da LATAM, com preços partindo de 40.000 milhas. Dessa vez, não há o repasse de taxas.

Com quais companhias podemos voar

As formas mais cômodas de voar a rota Brasil – Reino Unido com milhas são os voos diretos da LATAM e da British Airways, que saem de São Paulo (GRU) com destino a Londres. No entanto, é possível realizar conexões em grandes capitais europeias, como Frankfurt (LATAM ou Lufthansa), Madri (Iberia ou Air Europa), Amsterdã (KLM), Paris (Air France), Zurique (SWISS), entre outras. Também é possível voar via América do Norte, com voos da American Airlines, Air Canada, Aeromexico, Delta e United Airlines.

Da África, é possível fazer conexão em Adis Abeba com a Ethiopian e em Cidade do Cabo e Joanesburgo com a South African. Já do Oriente Médio, a maioria das companhias possui voos para o Reino Unido. No entanto, o caminho até as cidades de seus hubs possuirá valores em milhas, via de regra, mais elevados do que indo via Estados Unidos ou Europa. Através dessa rota, é possível conectar via Dubai, em voos com a Emirates ou via Doha, com a Qatar Airways – esta última, inclusive, apresentando bons valores para emissão em cabine premium.

Para saber de forma completa e com exemplos de emissão, consulte a página do Passageiro de Primeira, clicando aqui.