Em uma viagem à Chapada dos Veadeiros, as refeições acontecem, normalmente, só duas vezes ao dia. A primeira é um café da manhã, de preferência bem reforçado, antes de partir para a trilha; e depois um ‘almojanta’, por volta das 18h. Além disso, só aquele lanchinho que você leva na mochila para comer no passeio.

Para o café da manhã, se você não tiver como preparar sua própria comida — porque você está em uma pousada sem cozinha por exemplo — o ideal é ir em uma padaria. Lembre-se de considerar os seus horários (se você gosta de se levantar bem cedo ou não), achar uma que você goste e tentar ir sempre na mesma. Assim você otimiza tempo e garante sempre um bom café.

Atenção a mais diquinhas:

Preço não define qualidade. Um bom viajante sabe que às vezes o melhor lugar para comer é aquele caseiro, no preçinho e com cheiro de aconchego. Ainda que a oferta de restaurantes mais sofisticados esteja crescendo, sempre vale guardar um espaço para a experiência autêntica. Uma sugestão é o Buritis.

 Leve um lanchinho pra trilha. As trilhas são longas e o Sol quase não divide espaço com a sombra. Por isso, tenha consigo um lanchinho e, pelo menos, 1,5 litro de água; mas não se esqueça de jogar lixo no lixo.

Vire freguês na padaria. O café da manhã, que antecede a trilha, tem que ser bem feito. Por isso, vale encontrar uma padaria que você goste e virar freguês. Assim, você não só garante sempre um ótimo café  da manhã como também economiza tempo.

CAFÉ DA MANHÃ E ‘ALMOJANTA’

No guia completo recomendamos para os que se hospedam em Alto Paraíso a padaria Santa Maria, aberta desde às 6h e a guardiã das comidinhas e sucos mais deliciosos da região. Já para quem se hospeda em São Jorge, recomendo a padaria ‘sem nome’ localizada em frente ao Taiuá Ambiental. Essa ‘portinha’ na rua principal tem pães de abóbora e sucos do cerrado. 

Padaria Santa Maria

Para a segunda refeição, há muitas opções, mesmo. Tanto nos vilarejos Alto Paraíso e seu distrito São Jorge quanto na saída de algumas cachoeiras como Simão Correia, por exemplo. Na entrada da cachoeira, é possível comer um delicioso prato feito por R$35, basta reservá-lo na entrada da cachoeira.

DO BOTECO AO SOFISTICADO

Com a evolução do turismo, as ruas dos vilarejos estão sendo ocupadas por restaurantes cada vez mais sofisticados. Atualmente, para comer Chapada dos Veadeiros, além dos tradicionais botecos para comer um prato feito, há restaurantes de todos os gostos, estilos e preços.

Espaguete de gariroba

A média de pratos é de R$30, mas você consegue encontrar pratos feitos por R$18 ou, se estiver querendo investir em uma experiência gastronômica, pratos de até R$150. Uma margem de diferença muito grande, para atender a dois tipos diferentes de turistas; apesar de que, cada vez mais, está difícil a relação com o turista econômico que tem dificuldade em achar lugares realmente em conta como costumava. 

Scalope de filé com molho de cogumelos frescos, bacon e alecrim acompanhado de arroz com mix de castanhas, do Quitinete. Foto: Bernardete Alves

E tem algo que precisa ser dito: sabe aquela expressão ‘varado de fome’? Depois de 8h horas de Sol e trilha é bem capaz que cada célula do seu corpo esteja querendo aquele pratão de arroz e feijão (ou qualquer comida em grandíssima quantidade). E, pensando nesse momento, há dois restaurantes ideias, um em Alto Paraíso e um em São Jorge.

Em Alto tem um restaurante Bistrô, em uma das travessas da rua principal. Bem charmoso e serve um completíssimo arroz e feijão, com direito a salada e lula a dorê, além de opções vegetarianas.  Em São Jorge, há muitos restaurantes que servem prato feito, tanto a La carte como buffet (para isso é importante checar os horários e aproveitar a comida ainda gostosa), mas o destaque mesmo ficou para o restaurante do seu Messias, o Buritis, que oferece buffet de massas à vontade, com temperos do cerrado.

Para noites mais especiais, há muitos restaurantes, com comidas típicas ou internacionais. Aliás, uma recomendação especial vai para Santo Cerrado Risoteria. O restaurante fica em São Jorge, e além de oferecer uma comida deliciosa te coloca mais perto do céu, para ver as estrelas ou o pôr do sol.

O QUE COMER NA CHAPADA DOS VEADEIROS

O cerrado é a grande despensa local. Entre os ingredientes mais presentes estão o pequi, estrela de receitas como arroz e frango com pequi, e a guariroba, palmeira amarga que se transforma em espaguete. A tradicional pamonha, o queijo de cabra artesanal e doces como goiabada cascão e doce de leite de burra também fazem parte da mesa.

No café da manhã, vale apostar em pão de queijo, tapioca, queijo fresco e frutas locais.

Já nos pratos principais, o clássico é a matula, versão do arroz com feijão feita no estilo do cerrado.

Para acompanhar, nada melhor do que uma cachaça artesanal ou uma cerveja bem gelada.

Para fechar, a sobremesa! Entre os doces típicos da Chapada dos Veadeiros temos bolo de pequi – mistura doce com a fruta típica; arroz doce com pequi – versão regional da sobremesa clássica; curau de milho – creme simples e tradicional das festas juninas; doce de caju!

ONDE COMER NA CHAPADA DOS VEADEIROS

Resumo dos principais estabelecimentos:

  • Padaria Santa Maria: para café da manhã em Alto Paraíso.
  • Padaria ‘sem nome’: para café da manhã em São Jorge.
  • Buritis: para buffet de massas com temperos do cerrado.
  • Cravo e Canela: para prato feito com opções vegetarianas e lula a dorê.
  • Cachoeira Simão Correia: para prato feito com reserva na entrada da cachoeira.
  • Santo Cerrado Risoteria: para risotos e vista das estrelas em São Jorge.
  • Bar do Pelé: para cerveja gelada e petiscos em um boteco tradicional.
  • Na Mata Restaurante: espaço cultural na beira do rio e restaurante.

QUANTO CUSTA COMER NA CHAPADA DOS VEADEIROS

  • Prato feito simples: a partir de R$ 18.

  • Média de restaurantes: cerca de R$ 30 por prato.

  • Alta gastronomia: até R$ 150.

Ou seja, há opções tanto para viajantes econômicos quanto para quem busca experiências gastronômicas mais elaboradas.

CONHEÇA CHAPADA DOS VEADEIROS

A Chapada dos Veadeiros, cujo nome deriva dos cães caçadores de veados que habitam a região, tem hoje seu nome relacionado também ao misticismo e a conexão com a natureza. Cortada pelo paralelo 14, a Chapada é um dos mais conhecidos ‘portais para o mundo invisível’, regado a banhos energéticos e histórias proféticas. E realmente parece quase um universo paralelo, uma vez que consegue se manter preservado em relação ao restante do estado de Goiás.

Os dias são ensolarados e as noites iluminadas. As regiões de São Jorge e Alto Paraíso trazem movimento e vida para o árido cerrado, revelando seus dois mundos. Com o clima fresco que vem depois do Sol, a vontade é de passear pelo vilarejo. O charme das noites iluminadas pelo varal-de-luzes dos restaurantes, o barulho das conversas nos bares e dos pés ‘forrozeantes’ fazem parte! E tem muito o que fazer, o ano inteiro.

Para continuar lendo sobre a Chapada dos Veadeiros, acesse o conteúdo completo na Travel.