A revista Condé Nast Traveler  fez uma lista e a arquitetura de Brasília é destaque entre os 20 destinos para entusiastas da arquitetura, ao lado de cidades como Barcelona, Florença e Kyoto. 

A capital brasileira foi reconhecida como um dos destinos ideais para amantes de arquitetura por seu estilo modernista, resultado da colaboração entre o arquiteto Oscar Niemeyer e o urbanista Lúcio Costa, que criaram uma cidade com traçado urbano inovador e edifícios icônicos como a Catedral Metropolitana e o Congresso Nacional.​

Além de Brasília como destino, a lista da Condé Nast Traveler apresenta uma variedade de estilos arquitetônicos ao redor do mundo:​

  • Brasília, Brasil – Modernismo: Capital planejada com obras icônicas de Oscar Niemeyer em concreto e vidro, como o Congresso Nacional e a Catedral.
  • Atenas, Grécia – Clássico: Ruínas antigas como o Partenon e o Templo de Zeus representam a arquitetura grega do século V a.C.
  • Miami, EUA – Art Déco: Fachadas geométricas e coloridas em tons pastéis dominam o bairro histórico de South Beach.
  • Budapeste, Hungria – Art Nouveau: Curvas e detalhes florais marcam edifícios como o Palácio Gresham e os Banhos Gellért.
  • Chandigarh, Índia – Modernismo dos anos 50: Le Corbusier desenhou essa cidade com traços retos e concreto aparente, como no Complexo do Capitólio.
  • Skopje, Macedônia do Norte – Brutalismo: Após terremoto, a cidade foi reconstruída com edifícios de concreto maciço, como a Central dos Correios.
  • Roma, Itália – Barroco: Fontes e praças como a Fontana di Trevi e a Praça São Pedro mostram o estilo dramático e ornamentado do século XVII.
  • Hanói, Vietnã – Colonial Francês: Prédios coloniais amarelos como o Palácio Presidencial e a Ópera de Hanói mostram a herança francesa.
  • Barcelona, Espanha – Modernismo Catalão: Gaudí criou formas orgânicas e coloridas em ícones como a Sagrada Família e o Parque Güell.
  • Baku, Azerbaijão – Neo-futurismo: O Centro Heydar Aliyev, de Zaha Hadid, tem formas fluidas e inovadoras que simbolizam o futuro.
  • Istambul, Turquia – Bizantino/Otomano: A Hagia Sophia combina cúpula bizantina com minaretes otomanos e arte islâmica.
  • Quioto, Japão – Shoin-zukuri: Casas e templos com tatames, portas de correr e jardins revelam harmonia entre interior e natureza.
  • Paris, França – Beaux-Arts: Palácios como o Garnier exibem simetria e ornamentos exuberantes típicos do estilo clássico francês.
  • Sydney, Austrália – Expressionismo: A Ópera de Sydney usa formas inspiradas em velas para criar um edifício icônico e emocional.
  • Tel Aviv, Israel – Bauhaus: A “Cidade Branca” tem milhares de prédios funcionais e brancos, adaptados ao clima do Mediterrâneo.
  • Florença, Itália – Renascença: Cúpulas e colunas simétricas estão por toda parte, com destaque para a Catedral de Florença.
  • Marrakech, Marrocos – Mourisco: Riads e mesquitas com pátios internos, mosaicos e minaretes mostram a arte islâmica local.
  • Praga, República Tcheca – Gótico: Torres pontiagudas e vitrais marcam pontos como a Ponte Carlos e o Castelo de Praga.
  • Mason City, EUA – Prairie School: Casas de linhas horizontais e integração com a paisagem, idealizadas por Frank Lloyd Wright.

O ÁPICE DA ARQUITETURA MODERNA

A escolha do projeto de Brasília não foi fácil, mas a proposta de Lúcio Costa venceu o concurso público de 1956, superando outras 25 ideias.

Sua proposta simples, porém visionária, dividia a cidade em dois eixos: o Eixo Monumental(com os prédios do governo) e o Eixo Rodoviário-Residencial (em forma de asas), com superquadras para garantir organização e igualdade. Essas superquadras possuem blocos padronizados, com características como pilotis e cobogós.

Lúcio Costa contou com uma equipe de artistas talentosos, como Oscar Niemeyer, responsável pelos edifícios, Burle Marx, que cuidou dos jardins, e Athos Bulcão, que criou os azulejos.

Juntos, eles desafiavam as normas da arquitetura funcionalista e criaram uma cidade que, além da arquitetura, encanta pelo céu azul e vistas panorâmicas.

Juscelino Kubistchek observa maquete e projeto de Brasília ao lado de Lúcio Costa (primeiro a direita) e Oscar Niemeyer (primeira esquerda) (Foto: Reprodução/Arquivo Nacional do Brasil)

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