Um poderoso terremoto de magnitude 7,7 sacudiu Mianmar nesta sexta-feira (28), causando pânico e destruição. O tremor, um dos mais fortes registrados recentemente na região, foi sentido com intensidade na China e na Tailândia. As autoridades locais confirmaram a morte de pelo menos duas pessoas e relataram dezenas de desaparecidos.

(Foto: The Irish Times)
O epicentro foi registrado a 16 km a noroeste de Mandalay, uma das maiores cidades de Mianmar. De acordo com especialistas, a pouca profundidade do epicentro, localizado a apenas 10 km abaixo da superfície, intensificou os impactos, pois terremotos mais rasos transferem mais energia para a superfície, resultando em tremores mais violentos e danos mais extensos.
OS IMPACTOS DO TERREMOTO EM MIANMAR
Na escala de magnitude, tremores entre 7,0 e 7,9 são classificados como grandes terremotos, com potencial para causar destruição significativa. De fato, diversas construções desabaram na Tailândia, e há relatos de estragos em outras regiões afetadas.
O terremoto ocorre devido ao movimento das placas tectônicas, liberando energia em forma de ondas sísmicas. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), esse tremor foi um dos mais fortes registrados recentemente no sudeste asiático.
- (Foto: NPR)
- (Foto: BBC)
A magnitude de um terremoto mede a quantidade de energia liberada no epicentro. Para efeitos comparativos, a escala de danos costuma ser dividida da seguinte forma:
- Menos de 2,5: Indetectável para humanos, mas registrado por sismógrafos.
- 2,5 a 5,4: Perceptível, mas com danos leves.
- 5,5 a 6,0: Pode causar estragos em construções.
- 6,1 a 6,9: Provoca danos severos em áreas povoadas.
- 7,0 a 7,9: Grande terremoto, com possibilidade de destruição generalizada.
- 8,0 ou mais: Extremo, capaz de devastar regiões inteiras.
O maior terremoto já registrado foi de magnitude 9,5, ocorrido no Chile em 1960. O evento atual em Mianmar, com 7,7 graus, está dentro da faixa de grande terremoto, justificando a preocupação com as consequências.
MONITORAMENTO E MEDIÇÃO
A escala mais conhecida para medir terremotos é a Richter, embora atualmente seja pouco utilizada em grandes eventos. Os cientistas preferem outras métricas, como a magnitude de momento, que considera a energia total liberada pelo sismo.

(Foto: Info Escola)
Os sismógrafos são os equipamentos responsáveis por detectar tremores, indicando:
- Horário do evento;
- Localização do epicentro;
- Intensidade do abalo.
A intensidade sentida em diferentes pontos depende de fatores como a composição do solo e a direção do rompimento geológico. Por isso, um mesmo terremoto pode ter efeitos distintos em localidades diversas.
As autoridades seguem avaliando os danos e buscando desaparecidos. Há temores de novos tremores secundários, com potencial de agravar ainda mais a situação. Equipes de resgate trabalham para atender os afetados e monitorar riscos adicionais.