Sabia que subir o Everest não é só para os grandes escaladores? E que também não é ‘tão’ caro assim? Ainda que, nessa experiência, você suba até o Base camp (Campo base) do Everest — e não o pico de fato — essa viagem vale muito a pena. Nessa matéria, passamos sobre os tópicos, ‘quando ir’, ‘como chegar’ e mais algumas informações práticas, para responder a questão: quanto custa uma viagem ao Base camp do Everest? Seja para quem vai com uma agência ou não, temos a resposta.

Quanto custa subir até o Base camp do Everest em 2025?

Primeiro, vale dizer que o Base camp mencionado nessa matéria é o que está localizado no Nepal (e não no Tibet). Partindo de São Paulo, o vôo mais prático e econômico será para a capital, Katmandu, com escala. De lá, um avião pousará em Lukla, no aeroporto ‘mais perigoso do mundo’ ou um ‘ônibus’ te levará até Jiri e você caminhará até Lukla.

E então, você dará início a uma das viagens mais importantes da vida de um aventureiro, a mais de 5 mil metros do nível do mar, entre mulas, chás, muito frio e uma paisagem surreal.

Quanto custa subir até o Base camp do Everest em 2025?

Foto: BBC

Da época em que se realizará a viagem até o tipo de transporte e acomodação, muitos fatores influenciam no custo da viagem.

QUANDO IR AO BASE CAMP DO EVEREST

A melhor época para visitar o Base camp do Everest é durante as duas principais temporadas de trekking: outono (setembro a novembro) e primavera (março a maio). Aqui estão algumas considerações sobre cada estação:

Outono (setembro a novembro)

  • Temperatura: As temperaturas começam a cair após o verão, mas as condições climáticas são geralmente estáveis.
  • Céu limpo: Céus claros proporcionam vistas mais impressionantes.
  • Menos chuvas: As chuvas da monção já passaram, reduzindo a probabilidade de neblina.
  • Afluência de Trekking: Esta é uma das temporadas mais populares, então você encontrará mais trekkers nas trilhas.

Primavera (março a maio)

  • Temperatura: As temperaturas começam a subir, especialmente em maio, mas ainda podem ser frias nas altitudes mais elevadas.
  • Flores: As flores começam a florescer, tornando as paisagens ainda mais bonitas.
  • Condições de trekking: As condições são geralmente boas, mas a possibilidade de chuvas aumenta conforme você se aproxima de junho.
  • Afluência de trekking: É outra temporada popular, especialmente em maio, quando muitos trekkers tentam alcançar o Base camp antes das chuvas.

COMO CHEGAR AO INÍCIO DA TRILHA

1. VOO INTERNACIONAL PARA KATMANDU

O primeiro passo é chegar ao Nepal, e a maioria dos viajantes opta por voar para Katmandu, a capital do país. Existem voos diretos e com escalas de várias cidades do Brasil para Katmandu, com preços variam bastante, mas considere a partir de R$ 6 mil (ida e volta), saindo de São Paulo, com escala.

Não se esqueça do seguro saúde! Recomendamos que escolha um seguro mais em conta, que cubra atividades de aventura e custam, em média, de R$ 400 a R$ 800.

2. CHEGADA A KATMANDU

Uma vez em Katmandu, você precisará obter um visto, que pode ser feito na chegada ao aeroporto. O custo do visto é de US$ 30 (aproximadamente, R$ 171) para 15 dias; e US$ 50 (aproximadamente, R$ 286) . Para saber mais sobre o visto, acesso o site oficial.

3. DE KATMANDY PARA LUKLA OU JIRI

Para chegar ao início da trilha, você tem duas opções principais: voar para Lukla ou ir por via terrestre até Jiri.

a. Voo para Lukla

  • Duração: Aproximadamente 30 a 40 minutos.
  • Custo: Entre R$ 800 a R$ 1.500 (ida e volta).
  • Informações: Os voos para Lukla são operados por várias companhias aéreas locais. É recomendável reservar com antecedência, especialmente durante a alta temporada (outubro e novembro). O aeroporto de Lukla é conhecido por sua pista curta e condições de voo desafiadoras, então esteja preparado para possíveis atrasos devido ao clima.

Foto: Himalayan Scenery Treks

b. Rota terrestre até Jiri

  • Duração: Aproximadamente 8 a 10 horas de carro.
  • Custo: Entre R$ 200 a R$ 500 (ida e volta).
  • Informações: Essa opção é ideal para quem deseja uma experiência mais gradual de aclimatação e uma bela vista da paisagem rural do Nepal. Após chegar a Jiri, você começará a caminhada até Lukla, que leva cerca de 5 a 7 dias, dependendo do seu ritmo.
Quanto custa subir até o Base camp do Everest em 2025?

Foto: Mochileiros.com

4. INÍCIO DA TRILHA PARA O BASE CAMP

Depois de chegar a Lukla, você estará pronto para iniciar a trilha para o Base camp do Everest. Serão nove dias e 130 quilômetros.

A trilha geralmente começa em Lukla e segue um caminho bem marcado através de várias aldeias e paisagens. A maioria dos trekkers opta por um guia local, o que facilita a navegação e proporciona uma compreensão mais profunda da cultura local.

QUANDO CUSTA IR PARA O BASE CAMP

Para além dos gastos com transporte e visto, há os gastos durante a trilha — guia, comida e acomodação. Em cada uma das duas alternativas, deve-se incluir o valor da entrada do Sagarmatha National Park..

  • Taxa parque: NPL 3 mil (aproximadamente, R$ 125)
  • Taxa trekking:
    • R$ 114 por pessoa/semana (nas primeiras 4 semanas)
    • R$ 143 por pessoa/semana (após 4 semanas)

SEM AGENCIA

Para começar, ressaltamos que é imprescindível estar acompanhado de um guia (Sherpa). E, por opção, pode-se também estar acompanhado de alguém que leva sua mala até 15kg – R$ 100 a R$ 200 por dia.

Quem viaja sem agencia, deve considerar os respectivos gastos:

Guia: Entre R$ 1.500 e R$ 3.500, dependendo da experiência e da empresa.

Acomodação:

  • Teahouses: A maioria dos trekkers fica em teahouses ao longo da trilha. Custam em média, de R$ 150 a R$ 300, por noite em quartos compartilhados.
  • Hotéis: Os preços custam, em média, de R$ 400 a R$ 800, dependendo da localização e da época do ano. Para reservar
  • Acomodação em Lukla: Uma noite em Lukla pode custar entre R$ 100 e R$ 250.
  • Camping: Há a possibilidade de acampar, mas considere a temperatura — que pode podem cair para -10°C a -20°C; o peso extra; e que não há áreas propriamente designadas para tal. Alguns trekkers optam por combinar camping com lodges.

Comida: 

  • Teahouse: Espere gastar entre R$ 30 e R$ 80 por refeição nas teahouses. O custo pode variar de acordo com o local e o tipo de comida.
  • Hotéis: De R$ 70 a R$ 120 por refeição.

E considere também, os itens extras como barras de proteína e papel higiênico.

Total estimado: Aproximadamente R$ 4.500 a R$ 8.500, dependendo das escolhas de acomodação e alimentação.

COM AGÊNCIA

Nesse caso, tudo estaria incluso.

  • Custo mínimo: R$ 3 mil a R$ 5 mil por pessoa (pacotes básicos que incluem guias, algumas refeições e acomodações em teahouses).
  • Custo médio: R$ 5 mil a R$ 10 mil por pessoa (pacotes mais completos que incluem transporte, alimentação, acomodações em teahouses/hotéis, guias experientes e suporte logístico).
  • Custo máximo: R$ 10 mil a R$ 15 mil ou mais (pacotes de luxo que oferecem acomodações em melhores hotéis, alimentação gourmet, guias especializados e serviços adicionais).

 Os custos variam de acordo com o nível de conforto e os serviços contratados, mas com planejamento, a jornada pode se tornar viável para diferentes orçamentos. Independentemente de como você escolher fazer a viagem—com agência ou por conta própria—chegar ao Base camp do Everest é um sonho.