Nova York deu um passo inédito nos Estados Unidos: a partir do último domingo (5), motoristas que entrarem ao sul da Rua 60 durante o horário de pico precisarão pagar uma taxa de US$ 9 (cerca de R$ 55). A iniciativa faz parte do novo programa de pedágio urbano, projetado para reduzir congestionamentos, diminuir emissões de carbono e arrecadar US$ 15 bilhões (R$ 92 bilhões) destinados à modernização do transporte público da cidade.
Inspirado em modelos de sucesso de cidades como Londres, Estocolmo e Singapura, o pedágio de Nova York é o primeiro do tipo nos EUA e representa um marco para a mobilidade urbana no país.
A medida visa enfrentar desafios urbanos críticos, como o trânsito pesado em Manhattan e os efeitos das emissões de veículos sobre o meio ambiente. Segundo especialistas, além de aliviar o tráfego, o programa pode trazer benefícios significativos para o transporte público, com melhorias esperadas para milhões de passageiros diários.
POLÊMICAS E DESAFIOS LEGAIS DO PEDÁGIO EM NOVA YORK
A implementação do programa foi marcada por atrasos e disputas judiciais. O estado vizinho de Nova Jersey entrou com uma ação alegando possíveis impactos ambientais, como aumento de poluição nas áreas próximas às pontes e túneis que conectam os dois estados.
No entanto, uma decisão recente do juiz federal Leo M. Gordon permitiu que o pedágio de Nova York começasse no prazo estabelecido. Embora tenha solicitado informações adicionais sobre os riscos ambientais, Gordon concluiu que não havia base legal para interromper o programa.
O IMPACTO NO TRÂNSITO E NO BOLSO
Com a taxa reduzida de US$ 15 para US$ 9 para a maioria dos veículos, a governadora Kathy Hochul espera que a medida seja mais acessível, ao mesmo tempo que cumpra seus objetivos. A arrecadação será utilizada para financiar reparos e melhorias no sistema de transporte público, que atende milhões de passageiros diariamente. Enquanto alguns motoristas temem os custos adicionais, outros enxergam a iniciativa como um passo necessário.
A experiência de Nova York será observada de perto por outras metrópoles dos EUA. Se bem-sucedido, o programa pode se tornar um modelo para enfrentar os desafios de trânsito e emissões em outras cidades.
E você, acredita que medidas como essa podem resolver os problemas de trânsito em grandes cidades?