A Nova Zelândia anunciou novas regras de visto que buscam atrair nômades digitais — profissionais que trabalham remotamente enquanto viajam. A medida visa não apenas recuperar o setor de turismo, mas também estimular a economia local, que tem enfrentado desafios após a Pandemia de Covid-19.
A partir de agora, visitantes com qualquer tipo de visto de turista podem trabalhar remotamente para empresas estrangeiras durante sua estadia de até 90 dias. Contudo, após esse período, eles poderão ser considerados residentes fiscais, sujeitos ao pagamento de impostos como cidadãos neozelandeses. Para a ministra da Imigração, Erica Stanford, essa mudança é uma oportunidade para aumentar o tempo de permanência dos turistas e incentivar mais gastos durante sua estadia.
Essas novas condições valem para turistas, bem como para aqueles que visitam familiares ou parceiros com visto de longa duração. No entanto, o trabalho remoto deve ser realizado exclusivamente para empregadores fora da Nova Zelândia.
Isto é, quem estiver envolvido em atividades que exijam presença física no país, como trabalho em empresas locais, continuará precisando de um visto de trabalho adequado.
Antes da pandemia, o turismo representava uma das maiores fontes de receita da Nova Zelândia, com mais de 40 bilhões de dólares neozelandeses (cerca de R$ 135 bilhões) gerados anualmente, conforme dados da Tourism New Zealand. O setor, que representava mais de 5% do PIB do país, sofreu uma queda significativa com as restrições impostas durante o pico da crise sanitária global.
Agora, o governo espera que a medida ajude a reverter essa tendência, atraindo mais turistas e profissionais qualificados. A Nova Zelândia se junta a um número crescente de países que introduziram programas de visto para nômades digitais, como Japão, Coreia do Sul, Brasil, Espanha e Portugal.
Com a flexibilização do visto para nômades digitais, a Nova Zelândia espera não só recuperar o setor de turismo, mas também se estabelecer como um destino atrativo para profissionais que buscam uma experiência de trabalho flexível enquanto aproveitam o estilo de vida e as paisagens únicas do país.