Em outubro, o Instituto Inhotim, considerado o maior museu a céu aberto do mundo, amplia sua programação com três novas exposições. Os temas contemporâneos exploram tempo, memória, corpo e meio ambiente — as obras de Rebeca Carapiá, Rivane Neuenschwander e Pipilotti Rist somam-se ao extenso acervo do museu.

Foto: Oficial

A baiana Rebeca Carapiá apresenta a instalação “Apenas Depois da Chuva”, composta por 20 esculturas de ferro que flutuam sobre um dos lagos de Inhotim.

A obra, que foi produzida em colaboração com artesãos e a equipe técnica do museu, aborda a relação entre água e território, inspirada pela imersão da artista na Serra da Capivara, no Piauí. As peças foram confeccionadas diretamente no museu, permitindo uma interação única entre o trabalho da artista e o espaço natural de Inhotim.

Na Galeria Mata, a mineira Rivane Neuenschwander exibe “Tangolomango”, uma exposição interativa que convida o público a refletir sobre questões sociais e ambientais.

Inspirada pela infância e por temas como política e ecologia, a mostra de Rivane inclui obras em diversos formatos, desde instalações e vídeos até pinturas. Com curadoria de Júlia Rebouças, Beatriz Lemos e Douglas de Freitas, a exposição propõe uma leitura contemporânea de questões que remetem à memória e ao contexto social.

Já a suíça Pipilotti Rist traz uma releitura da obra audiovisual “Homo sapiens sapiens”, que foi filmada em Inhotim há cerca de 20 anos, antes mesmo da inauguração do museu.

Em exibição na Galeria Fonte, a instalação imersiva convida os visitantes a explorar a conexão entre o corpo e o espaço, numa experiência sensorial que dialoga com a proposta única de Inhotim de integrar arte e natureza.

As novas exposições chegam ao museu em um momento de renovação e reforçam a proposta do espaço de oferecer ao público uma experiência que vai além da contemplação visual. Segundo Júlia Rebouças, diretora artística de Inhotim, cada uma das artistas traz perspectivas diferentes que permitem uma compreensão mais profunda de temas atuais. “Essas narrativas ampliam o entendimento do nosso tempo e contribuem para uma reflexão sobre nossa relação com o ambiente e a sociedade”, afirmou em entrevista ao G1.

Além das exposições, Inhotim oferece um passeio integrado com a natureza, onde os visitantes podem vivenciar a arte de maneira interativa e em harmonia com o espaço ao ar livre, reafirmando sua importância como um dos principais destinos de arte e cultura do mundo.