Poucos coquetéis carregam tanta elegância e mistério quanto o Dry Martini, e sua história começa em NY. Ícone da coquetelaria clássica, ele atravessou séculos, ganhou admiradores ilustres — como James Bond e Ernest Hemingway — e continua sendo um símbolo de sofisticação em bares ao redor do mundo. Mas, afinal, onde tudo começou?

Imagine estar em Nova York no começo do século 20, subir até o bar do então luxuoso Knickerbocker Hotel, em Times Square, e receber das mãos de um bartender italiano um coquetel claro, seco e perfumado. Era o nascimento do Dry Martini, segundo uma das versões mais aceitas por quem defende que o clássico tem raízes nova-iorquinas.

A VERSÃO DO KNICKERBOCKER

Entre as muitas teorias sobre a origem do Dry Martini, a do Knickerbocker Hotel é uma das mais famosas. Segundo ela, o drink foi criado por volta de 1910 pelo bartender Martini di Arma di Taggia, que teria misturado gin seco inglês com vermute francês Noilly Prat, adicionando um toque de bitters de laranja. A bebida fez sucesso imediato entre os frequentadores sofisticados do bar, incluindo magnatas e personalidades da época.

O hotel, que foi inaugurado em 1906, logo se tornou um dos pontos mais elegantes de Manhattan — e o coquetel criado ali ganhou fama internacional. O Dry Martini passou a ser sinônimo de requinte, com fãs como Winston Churchill, Franklin D. Roosevelt e, décadas depois, James Bond.

UM DRINK QUE VIROU MODA

Com sua mistura precisa de gin e vermute seco, o Dry Martini parece simples, mas é um dos coquetéis mais exigentes de se preparar. A receita pode variar em proporção, temperatura e guarnição — há quem prefira com azeitona, casca de limão, cebola pérola (no caso do Gibson), ou até mesmo sem vermute, em uma versão ultrasseca.

Apesar das diferentes histórias de origem, o Knickerbocker mantém seu lugar como berço simbólico do Dry Martini. Hoje, o hotel — reaberto em 2015 — ainda homenageia o drink com um bar no rooftop que carrega o nome St. Cloud, onde é possível brindar à história com vista para a Times Square.

Mais de um século depois, o Dry Martini segue firme como um dos grandes ícones da coquetelaria. Seja em um bar sofisticado de Nova York ou numa versão reinventada em qualquer lugar do mundo, o espírito do drink criado no Knickerbocker continua a inspirar gerações.

CONHEÇA NOVA YORK

Nova York é um paradoxo em movimento. A cidade onde os sonhos se realizam é também uma das mais desafiadoras, É lá onde tradições se combinam com o que há de mais novo no mundo e onde o diferente é celebrado, mas a desigualdade pesa. Há quem diga que Nova York é uma cidade-mundo por sua fluência cultural e, ainda mais, por seus contrastes.

É tudo acontecendo ao mesmo tempo. A cidade de Nova York é um compilado imensurável de ideias, problemas e soluções, dias e noites cheios de possibilidades. Por isso, é tão difícil não se inspirar, não julgar, não se envolver. É daqueles lugares que dificilmente nos chegam indiferentes.

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