Sete anos após o incêndio que chocou o país e o mundo, o Museu Nacional do Rio de Janeiro volta a receber visitantes. A partir desta quarta-feira (2), o público poderá acessar três salões restaurados do Palácio, marcando a primeira reabertura desde a tragédia de 2018.
A nova mostra, intitulada “Entre Gigantes: Uma experiência no Museu Nacional”, apresenta itens icônicos do acervo que sobreviveram às chamas — como o famoso meteorito Bendegó — e peças inéditas, como o impressionante esqueleto de um cachalote de 15,7 metros, o maior já exposto na América do Sul.
Para visitar, é necessário agendamento prévio e retirada gratuita dos ingressos pela plataforma Sympla. Além disso, a visita também permite espiar de perto os bastidores do processo de restauro, que continua em andamento.
REABERTURA SIMBÓLICA
Vale a pena mencionar que, o evento de reabertura contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, do reitor da UFRJ, Roberto Medronho, e da vice-presidente do museu, Andrea Costa. Eles destacaram o caráter simbólico da ocasião e reforçaram que outras aberturas parciais estão previstas até a reabertura total do Museu Nacional do Rio de Janeiro, estimada entre 2027 e 2028.
(Foto: Carta Capital)
“Queremos abrir temporariamente novos espaços aos poucos. Essa é uma instituição educacional, histórica e científica que pertence a todo o Brasil”, afirmou o ministro Camilo Santana.
Adicionalmente, o projeto de restauração completo, chamado Museu Nacional Vive, exige um orçamento de R$ 516,8 milhões. Até o momento, foram captados cerca de R$ 330 milhões — o restante ainda depende de novos aportes públicos e privados.
DE ONDE VEM O FINANCIAMENTO PARA A OBRA?
Primeiramente, a reconstrução do Museu Nacional do Rio de Janeiro é viabilizada por uma combinação de recursos governamentais, emendas parlamentares, doações privadas e apoio de instituições. Entre os principais financiadores estão:
BNDES – R$ 100 milhões.
Vale e Bradesco – R$ 50 milhões cada.
Itaú – R$ 10 milhões.
Cosan – R$ 7,3 milhões.
MEC – R$ 44,3 milhões.
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – R$ 20 milhões.
Doações de pessoas físicas e rendimentos financeiros – R$ 3,5 milhões.
PASSO A PASSO…
É importante mencionar que as obras continuam. Já foram concluídas a restauração das fachadas e coberturas dos blocos 1, 2 e 3, da claraboia da escadaria monumental e das esculturas de mármore Carrara, além da reprodução de ornamentos históricos.
(Foto: Agência Brasil)
Ainda estão em andamento a reforma do prédio anexo Alípio de Miranda Ribeiro, reforços estruturais nos blocos internos, novas lajes, instalação de sistemas de proteção contra raios e captação de águas pluviais — todos voltados à segurança e preservação do patrimônio.
Além disso, a equipe técnica também investiu em tecnologia de segurança, como chuveiros automáticos e sprinklers, para evitar novas tragédias. E uma das salas que será aberta futuramente, a Sala das Vigas, manterá propositalmente marcas do incêndio — como forma de preservar a memória viva da tragédia.
Seja você turista ou morador, incluir o museu no roteiro é uma forma de descobrir novas camadas do Rio.
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