O bairro Hanok de Bukchon, em Seul, encanta visitantes com suas casas tradicionais e rica história. No entanto, o aumento do turismo de massa tem gerado preocupações sobre a preservação desse patrimônio único. Para enfrentar esse desafio, as autoridades da Coreia do Sul implementaram algumas restrições aos turistas.

RESTRIÇÃO DE TURISTAS EM VILA DE SEUL

A Vila Hanok de Bukchon, famosa por suas encantadoras e bem preservadas casas tradicionais coreanas conhecidas como “hanok”, é um dos destinos turísticos mais visitados de Seul, atraindo milhares de pessoas diariamente.

Entretanto, o número de turistas tem superado em muito o de residentes, resultando em um aumento das queixas sobre barulho, lixo e problemas de privacidade nas áreas circundantes ao longo dos anos.

Situada no distrito de Jongno, no coração de Seul, Bukchon está próxima a importantes marcos culturais, como o santuário ancestral de Jongmyo e os majestosos palácios Gyeongbokgung e Changdeokgung.

Ela será a primeira “área de gestão especial” do país, conforme estabelecido pela Lei de Promoção do Turismo da Coreia do Sul. Três zonas, identificadas por cores – vermelho, laranja e amarelo – serão criadas para que as autoridades locais possam controlar e monitorar as multidões nas áreas mais congestionadas. Multas também serão aplicadas aos infratores, segundo os responsáveis.

Medidas rigorosas de toque de recolher para não residentes serão aplicadas diariamente entre 17h e 10h. Além disso, o uso de ônibus fretados para transportar turistas será restrito em diversas áreas.

O objetivo é diminuir o tráfego e transformar Bukchon em um espaço “amigo dos pedestres”, afirmaram as autoridades.

TURISMO DE MASSA É COMBATIDO EM DIVERSAS CIDADES NO MUNDO

Muitas cidades ao redor do mundo estão tentando encontrar um equilíbrio entre a indispensável receita do turismo e a preservação de seu charme para os moradores.

Barcelona passou recentemente por um episódio em que os turistas foram atingidos por água enquanto manifestantes marchavam em áreas turísticas para protestar contra o turismo em massa na cidade. Em Veneza, Itália, uma taxa de entrada foi implementada em abril para limitar o número de visitantes diários. Amsterdam também implementou algumas medidas visando combater o turismo de massa, como a proibição de construção de novos hotéis. 

O fenômeno do overtourism tem sido um desafio persistente no Japão, agravando-se rapidamente desde que o país reabriu suas fronteiras após a pandemia.

As encostas do Monte Fuji têm enfrentado um aumento no congestionamento de visitantes, além de sopés repletos de lixo e comportamentos inadequados por parte dos turistas. Devido a isso, foi implementado taxa de entrada e um número de limite de visitantes por dia, com objetivo de controlar melhor o turismo de massa.