Pela primeira vez em duas décadas, o passaporte dos EUA deixou de figurar entre os 10 mais poderosos do mundo. Em 2025, o país caiu para a 12ª posição, empatado com a Malásia, com acesso sem visto a 180 destinos. Essa queda reflete mudanças nas políticas de imigração e reciprocidade entre nações, incluindo a decisão do Brasil de reintroduzir a exigência de visto para turistas americanos.

FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A QUEDA DOS EUA NO RANKING

O declínio do passaporte americano no Henley Passport Index é atribuído a diversos fatores:

  • Políticas de imigração restritivas: Durante a administração Trump, houve endurecimento nas leis de imigração, incluindo limitações na concessão de vistos e políticas mais rigorosas para turistas, estudantes e trabalhadores estrangeiros.

  • Reciprocidade de vistos: Países como Brasil, China e Vietnã revogaram ou limitaram o acesso sem visto para cidadãos dos EUA, citando falta de reciprocidade como principal motivo.

  • Aumento nas taxas de processamento de vistos: O aumento nas taxas de solicitação de vistos e as barreiras burocráticas adicionais também contribuíram para a queda na classificação dos EUA.

O PAPEL DO BRASIL NA QUEDA DOS EUA

Em abril de 2025, o Brasil decidiu reintroduzir a exigência de visto para turistas americanos, após uma suspensão em 2019.

Essa medida foi tomada com base em critérios de reciprocidade, já que os cidadãos brasileiros enfrentam restrições semelhantes ao tentar entrar nos Estados Unidos.

Essa ação teve impacto direto na classificação do passaporte americano no ranking global.

O RANKING ATUAL DOS PASSAPORTES MAIS PODEROSOS

Atualmente, os 10 passaportes mais poderosos do mundo, segundo o Henley Passport Index 2025, são:

  1. Singapura – 193 destinos

  2. Coréia do Sul – 190 destinos

  3. Japão – 189 destinos

  4. Alemanha, Itália, Luxemburgo, Espanha, Suíça – 188 destinos

  5. Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Países Baixos – 187 destinos

  6. Grécia, Hungria, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Suécia – 186 destinos

  7. Austrália, República Tcheca, Malta, Polônia – 185 destinos

  8. Croácia, Estônia, Eslováquia, Eslovênia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido – 184 destinos

  9. Canadá – 183 destinos

  10. Letônia, Liechtenstein – 182 destinos

O passaporte dos Estados Unidos caiu para a 12ª posição, empatado com a Malásia, com acesso sem visto a 180 países. Essa queda reflete mudanças nas políticas de imigração e reciprocidade entre nações, incluindo a decisão do Brasil de reintroduzir a exigência de visto para turistas americanos.

IMPLICAÇÕES DA QUEDA NO RANKING PARA OS EUA

A queda do passaporte americano no ranking global reflete mudanças nas políticas de mobilidade internacional e pode afetar a imagem dos EUA no cenário global. A diminuição da confiança dos países em políticas de reciprocidade pode resultar em restrições adicionais para cidadãos americanos, impactando turismo, negócios e relações diplomáticas.

CONCLUSÃO: UM OLHAR PARA O FUTURO DA MOBILIDADE GLOBAL

A queda do passaporte dos EUA para fora do top 10 destaca a importância das políticas de reciprocidade e das relações diplomáticas na mobilidade global. À medida que o mundo se torna mais interconectado, decisões políticas em um país podem ter repercussões significativas em outros, afetando a liberdade de movimento de seus cidadãos.