O Museu Oscar Niemeyer, também conhecido como MON ou Museu do Olho, é uma das atrações mais visitadas de Curitiba. Localizado no bairro Centro Cívico, o museu chama atenção tanto pelo acervo quanto pela arquitetura assinada por Oscar Niemeyer, um dos nomes mais importantes da arquitetura brasileira. Portanto, se você pretende explorar arte, design e história em um só lugar, incluir essa visita no roteiro é praticamente obrigatório.

O que fazer em Curitiba - Museu Oscar Niemeyer

Museu Oscar Niemeyer

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COMO É A VISITA AO MUSEU OSCAR NIEMEYER

Visitar o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, é mais do que apenas ver exposições. É uma experiência que mistura arte, arquitetura e paisagem urbana de forma surpreendente. Já na chegada, o prédio em formato de olho impressiona. A passarela suspensa conecta o anexo ao edifício principal e convida o visitante a observar o espaço com outros olhos — literalmente e simbolicamente.

O trajeto é bem sinalizado e fácil de percorrer, mesmo para quem visita pela primeira vez. Além disso, as salas expositivas têm circulação confortável, com ambientação que valoriza cada obra em exibição. A disposição dos espaços, aliás, contribui para uma visita intuitiva, ainda que você não siga uma ordem exata. Basta caminhar e deixar-se guiar pelas cores, formas e temas.

Por isso, vale reservar ao menos 1h30 para explorar tudo com calma. Se quiser ver as exposições temporárias com atenção ou aproveitar o jardim externo, o ideal é considerar duas horas ou mais. Durante o passeio, é comum cruzar com fotógrafos, famílias e grupos escolares — o que mostra como o MON é múltiplo em público e propósito.

Embora o museu funcione de forma bastante organizada, ele não é rígido. Você pode escolher por onde começar, descansar quando quiser e até tomar um café entre uma galeria e outra. Portanto, se você gosta de visitar museus com tempo, liberdade e estética marcante, o MON deve entrar no seu roteiro em Curitiba.

O que fazer em Curitiba

MON – Imagem autoral

DESTAQUES DO ACERVO: EXPOSIÇÕES E OBRAS

O MON apresenta uma programação diversa e atualizada. Em julho de 2025, o acervo conta com exposições que unem arte contemporânea, tradição e identidades locais. Confira os destaques:

✔️ Exposições em cartaz (até julho/agosto):

  • Afeganistão: Tapetes de Paz e Guerra – revela a riqueza têxtil e a complexidade histórica do Afeganistão; segue até 10 de agosto de 2025.

  • Re‑selvagem – Eva Jospin – primeira exposição da artista francesa em Curitiba, em cartaz até 30 de novembro.

  • Teia à Toa – Barrão – instalação inédita no MON, aberta ao público desde 10 de julho.

  • Veemente – Gabriel de la Mora – em cartaz até 16 de novembro, explora geometria e cor com obras de grande impacto visual.

  • Eterno Feminino – Teca Sandrini – reúne 126 obras (pinturas, gravuras e esculturas) da artista paranaense. A visita foi iniciada em 3 de julho.

  • Miguel Bakun: O Olhar de uma Coleção – monografia dedicada ao artista paranaense, em exibição até 10 de agosto.

✔️ Exposições permanentes (de longa duração):

  • Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses – coleção que apresenta arte tradicional e contemporânea de vários países asiáticos.

  • África – Expressões Artísticas de um Continente – destaca a diversidade visual e simbólica das culturas africanas.

  • Trilhos e Traços – Poty 100 anos – exposição dedicada a Poty Lazzarotto, com acervo de mais de 4 mil obras.

  • MON sem Paredes – Artistas Conquistam os Jardins do MON – iniciativa que leva arte a céu aberto para os jardins do museu.

  • O Mundo Mágico dos Ningyos, Espaço Niemeyer e o Pátio das Esculturas também fazem parte do circuito fixo e encantam visitantes de todas as idades.

Essas mostras refletem a pluralidade do MON. Portanto, é possível combinar, em uma mesma visita, arte contemporânea internacional com expressões tradicionais e criações locais. Além disso, o museu frequentemente promove atividades paralelas, como workshops, oficinas e visitas mediadas, o que torna a programação ainda mais dinâmica.

ARQUITETURA E HISTÓRIA DO MON

A história do Museu Oscar Niemeyer começa muito antes da sua inauguração. O edifício principal, de linhas retas e pilotis característicos, foi projetado por Niemeyer em 1967 para funcionar como um instituto educacional. No entanto, o prédio ficou subutilizado por décadas. Somente nos anos 2000, o governo estadual retomou o projeto com um novo propósito: abrigar um museu voltado à arte e à cultura visual.

Em 2002, nasceu oficialmente o MON. Para isso, Niemeyer foi convidado a expandir sua obra original. A resposta veio com o icônico anexo em formato de olho, que logo se tornou símbolo do museu e um dos cartões-postais mais famosos de Curitiba. A estrutura moderna contrasta com o bloco anterior, criando um diálogo entre o concreto e o vazio, entre a forma e a função.

Área do Olho – Imagem autoral

O “Olho”, como é chamado, tem 30 metros de comprimento e está suspenso por um pilar central. Embora pareça leve, ele é robusto: abriga um auditório e uma das salas expositivas mais impactantes do museu. Além disso, o espelho d’água ao redor ajuda a destacar o volume e cria reflexos que mudam conforme a luz do dia.

Outro detalhe marcante é a passarela elevada que conecta os dois prédios. Ela não apenas garante a circulação entre os blocos como também oferece uma vista ampla dos jardins e da cidade. Portanto, ao atravessá-la, vale a pena parar por alguns segundos e observar o entorno com calma.

A assinatura de Niemeyer está presente em cada curva, em cada ângulo pensado para provocar sensações. Mesmo quem não é fã de arquitetura moderna costuma se impressionar. E, para quem aprecia, a visita ao MON é quase uma aula ao ar livre sobre o gênio criativo de Oscar Niemeyer.

SERVIÇOS E ESTRUTURA DO MON

Além do acervo variado e da arquitetura impactante, o Museu Oscar Niemeyer oferece uma estrutura bem planejada para garantir conforto durante a visita. Tudo foi pensado para que o público circule com facilidade, aproveite os espaços e tenha uma boa experiência do início ao fim.

Confira o que você encontra no MON:

  • Loja do MON: vende livros de arte, design, arquitetura e cultura, além de objetos criativos e itens de papelaria. É um ótimo lugar para quem gosta de lembranças com identidade visual única.

  • Café do MON: funciona com cardápio enxuto, mas saboroso. Serve cafés, sucos, bolos e opções leves para um lanche rápido. O ambiente é agradável e convida a fazer uma pausa entre as exposições.

  • Banheiros acessíveis: estão disponíveis em diferentes pontos do museu, com estrutura adequada para pessoas com mobilidade reduzida.

  • Espaços de descanso: tanto nas áreas internas quanto nos jardins, há locais para sentar, relaxar e contemplar a arquitetura ou a paisagem.

  • Wi-Fi gratuito: está disponível para os visitantes, o que facilita o compartilhamento de fotos e informações durante o passeio.

  • Área externa: os jardins do MON são amplos, arborizados e muito bem cuidados. Não por acaso, o espaço é frequentado também por quem mora na cidade e busca um local agradável para caminhar ou sentar na grama.

  • Acessibilidade: o museu possui elevadores, rampas e sinalização adequada para garantir o acesso de todos os visitantes, inclusive pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

MINHA EXPERIÊNCIA COM CRIANÇA

Embora o MON não conte com um espaço kids tradicional, ele é receptivo a famílias com crianças. Carrinhos de bebê podem circular sem dificuldades, e a área externa costuma agradar aos pequenos, principalmente em dias de sol. Inclusive, nessa matéria sugerimos como uma das opções sobre o que fazer com crianças em Curitiba. Na minha experiência, não foi o programa preferido da minha filha, mas em nenhum momento ela demonstrou tédio.

O QUE FAZER NOS ARREDORES DO MON

Quem visita o Museu Oscar Niemeyer pode aproveitar a região para estender o passeio. O bairro Centro Cívico concentra atrações culturais, áreas verdes e até opções gastronômicas interessantes. Portanto, vale reservar um tempo extra para explorar os arredores com calma.

Uma das opções mais próximas é o Bosque do Papa João Paulo II, localizado a cerca de 5 minutos a pé do MON. O espaço abriga o Memorial da Imigração Polonesa, com casas de madeira originais, área verde, trilhas curtas e um ambiente tranquilo — ideal para uma caminhada ou para quem viaja com crianças.

Além disso, o próprio Centro Cívico oferece um bom panorama da arquitetura institucional de Curitiba. Na região estão prédios do governo estadual, como o Palácio Iguaçu, e o moderno prédio da Assembleia Legislativa. Embora a visita interna não seja o foco, observar a área pode render boas fotos e até reflexões sobre o desenho urbano da cidade.

Parque Passeio Público

Parque Passeio Público – Imagem autoral

Outra possibilidade é combinar a visita ao MON com o Passeio Público, que fica a cerca de 2 km. O trajeto pode ser feito de carro, aplicativo ou até mesmo em uma caminhada mais longa, passando por ruas arborizadas e ciclovias.

Contudo, se a ideia for fazer uma pausa para comer fora do museu, há cafés e restaurantes nas redondezas. Alguns funcionam apenas durante o horário comercial, por isso, é importante verificar o funcionamento antes de ir. Inclusive, em frente, tem um complexo com alguns restaurantes/barzinhos que ficam bastante movimentados no final da tarde.

COMO CHEGAR AO MUSEU OSCAR NIEMEYER

O Museu Oscar Niemeyer está localizado no bairro Centro Cívico, uma região de fácil acesso em Curitiba. Quem está hospedado no centro pode chegar ao MON em poucos minutos de carro, transporte por aplicativo ou até mesmo de ônibus. Linhas como Interbairros II e 980 – Centro Cívico fazem o trajeto com frequência, e há pontos próximos ao museu. Para quem prefere pedalar, o trajeto também é tranquilo e há bicicletário disponível. Para saber mais sobre o transporte em Curitiba, confira nossa matéria completa sobre o transporte na cidade.

Quem visita de carro encontra vagas rotativas no entorno, mas é importante lembrar que elas são limitadas, especialmente nos fins de semana. Portanto, vale chegar cedo se quiser estacionar com facilidade. O acesso ao museu é feito por uma entrada principal bem sinalizada, e toda a área é adaptada para cadeirantes, carrinhos de bebê e pessoas com mobilidade reduzida.

Parque Barigui em Curitiba

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Contudo, é importante planejar bem a visita. O museu abre de terça a domingo, sendo que às quartas-feiras a entrada é gratuita, o que costuma atrair mais público. Por isso, se a ideia for visitar com mais tranquilidade, vale optar por outro dia da semana. Ainda assim, mesmo em períodos de maior movimento, o espaço amplo permite circular sem aglomeração.

Localização:

Funcionamento: terça a domingo das 10h às 18h

Preço: R$ 36 inteira e R$ 18 meia entrada (até 12 anos e acima de 60 anos). Obs: quarta-feira é gratuito para todas as pessoas.

Tipo: Museu

Site oficial

PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQUENTES SOBRE O MUSEU OSCAR NIEMEYER

1. Às quartas-feiras a entrada do Museu Oscar Niemeyer é gratuita?

Sim. Às quartas-feiras, o ingresso é gratuito para todos os visitantes. No entanto, o movimento costuma ser maior nesse dia. Portanto, se você prefere um passeio mais tranquilo, o ideal é escolher outro dia da semana.

2. É necessário comprar o ingresso ao MON com antecedência?

Não. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria física no dia da visita. Ainda assim, o MON também disponibiliza a compra online, o que pode agilizar o acesso — especialmente em feriados e fins de semana.

3. Posso tirar fotos dentro do Museu Oscar Niemeyer?

Sim, fotos são permitidas em quase todos os espaços do MON, desde que sem flash e sem uso de tripé. Além disso, é importante respeitar as sinalizações específicas em cada sala.

4. O Museu Oscar Niemeyer é acessível para pessoas com mobilidade reduzida?

Sim. O MON conta com rampas, elevadores, banheiros adaptados e sinalização acessível. Carrinhos de bebê também circulam com facilidade, inclusive entre os dois prédios ligados pela passarela suspensa.

5. Qual é o tempo ideal para visitar o MON?

Depende do ritmo de cada visitante, mas o recomendado é reservar pelo menos 1h30 para ver as principais exposições. Se quiser aproveitar também os jardins externos e fazer uma pausa no café, vale considerar até duas horas.

CONHEÇA CURITIBA

Curitiba, capital do Paraná, é aquela cidade que parece ter feito um curso avançado em planejamento urbano — e passado com louvor. Organizada, cheia de verde e com um jeitão discreto que esconde muito mais do que aparenta, a cidade surpreende quem chega esperando apenas dias cinzentos e moradores calados. Spoiler: nem todo curitibano é fechado e nem todo dia é nublado (mas leve um casaco, só por precaução).

Enquanto outras cidades ainda estão tentando resolver o trânsito ou plantar meia dúzia de árvores, Curitiba já tem ônibus biarticulado, parque em cada esquina e banco de madeira voltado estrategicamente para o sol. Além disso, é possível atravessar boa parte da cidade de ônibus — ou de bicicleta, se você estiver em dia com o cardio. Mas não se engane: Curitiba também tem seu charme histórico. O Largo da Ordem, por exemplo, reúne casarões coloniais, bares alternativos e uma feira aos domingos que vende de tudo, de arte indígena a imãs de geladeira com pinheiros desenhados à mão. Uma verdadeira salada de referências, que funciona surpreendentemente bem.

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