A Europa enfrenta onda de calor com picos históricos em pleno verão de 2025. Temperaturas acima de 44 °C colocaram Itália, França e Portugal em alerta máximo, forçando medidas emergenciais em saúde, transporte e trabalho. Com o avanço das altas temperaturas, o risco de incêndios, colapsos urbanos e impacto em grupos vulneráveis cresce rapidamente.
ITÁLIA TEM 21 CIDADES EM ALERTA MÁXIMO
Na Itália, o calor extremo colocou 21 cidades em alerta vermelho neste domingo, segundo o Ministério da Saúde. Capitais como Roma, Milão, Florença e Nápoles enfrentam temperaturas próximas dos 40 °C durante o dia e mínimas que não caem de 28 °C à noite, o que torna a sensação térmica ainda mais opressiva.
Em Milão, por exemplo, a previsão indica cinco dias consecutivos acima dos 37 °C, um recorde climático. Além disso, os serviços de emergência já registram aumento de 4% nas chamadas. Diante desse cenário, sindicatos pressionaram o governo por decretos antitérmicos — e a Sicília foi a primeira a adotar a paralisação de atividades laborais em horários críticos. A partir de terça-feira, tempestades nos Alpes podem agravar ainda mais os riscos climáticos no norte do país.

No verão as principais cidades europeias ficam lotadas
FRANÇA FECHA ESCOLAS E ATIVA PLANO DE EMERGÊNCIA
Enquanto isso, a França segue em estado de alerta, com 73 dos 101 departamentos sob vigilância laranja por causa do calor extremo. As temperaturas devem variar entre 35 °C e 38 °C até, pelo menos, terça-feira — com tendência de alta em algumas regiões, segundo a Météo France. Para minimizar os efeitos da onda de calor, o governo fechou escolas em diversas cidades e ativou uma linha telefônica gratuita com orientações de saúde pública.
Além disso, o litoral mediterrâneo francês concentra os maiores riscos, com registros que já ultrapassam os 40 °C. A estratégia local foca em proteger idosos, crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade, que são os mais afetados por ondas prolongadas de calor.
PORTUGAL REGISTRA 44 °C E ELEVA RISCO DE INCÊNDIO
Em Portugal, o calor atingiu níveis recordes neste fim de semana, com 44 °C registrados no distrito de Beja, no sul do país. Outras cidades, como Évora, Portalegre e Lisboa, também enfrentam temperaturas acima de 40 °C, mesmo em áreas litorâneas. Ano passado, o país já havia enfrentado uma onda de calor extremo, impulsionados pelo furacão Ernesto.

Praça do Comércio, Lisboa.
Além disso, as mínimas noturnas seguem elevadas — em Lisboa, por exemplo, os termômetros não devem baixar de 25 °C, o que agrava os riscos de colapso térmico em grupos vulneráveis. Em resposta, o governo emitiu alerta vermelho para quase toda a metade do país e reforçou a vigilância contra incêndios rurais, com atenção especial ao norte, centro e sul do Algarve. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil classificou o risco como “muito elevado a máximo”, exigindo ações rápidas de contenção.

Aviso no site: perigo de incêndio rural