Um turista quebrou uma cadeira de cristal no Palazzo Maffei, em Verona, e reacendeu o debate sobre segurança e comportamento em museus. O incidente aconteceu há cerca de quatro semanas, mas só ganhou repercussão após o museu divulgar o vídeo das câmeras de segurança e registrar uma denúncia formal contra o visitante.
As imagens mostram o homem sentando-se na obra de arte enquanto uma mulher, que o acompanhava, tira fotos. Em poucos segundos, a estrutura, composta por cristais Swarovski, desaba. O casal deixa o local rapidamente e dificulta a identificação no momento. Ainda assim, a administração do museu já colabora com as autoridades.
O artista italiano Nicola Bolla criou a peça danificada, chamada Van Gogh. Ele se inspirou na cadeira retratada por Vincent van Gogh e utilizou centenas de cristais na confecção da obra, que integra a coleção do museu desde 2022. O objeto ocupava lugar de destaque no acervo contemporâneo do Palazzo Maffei.
Ao comentar o caso, a diretora do museu, Vanessa Carlon, classificou o episódio como “o pior pesadelo de qualquer museu”. Ela também agradeceu à equipe que restaurou a cadeira e devolveu a peça à exposição. Para reforçar o alerta, a instituição decidiu divulgar o vídeo do incidente e lembrar ao público a importância de respeitar os limites de segurança ao visitar espaços culturais.
ARTE É PARA SER CONTEMPLADA E PROTEGIDA
A partir do caso, o Palazzo Maffei lançou uma campanha com o slogan “A arte não é apenas para ser vista, mas para ser admirada e protegida”, com o objetivo de conscientizar os visitantes. O museu destacou que a cadeira ocupava uma área isolada e sinalizada como não acessível e, portanto, classificou o comportamento do casal como imprudente.
Embora o museu não tenha divulgado o valor dos danos, ele registrou a denúncia, e as autoridades investigam o caso. O museu também não confirmou se o turista enfrentará responsabilização judicial, mas reforçou que atitudes como essa colocam em risco o patrimônio cultural de toda a sociedade.
O Palazzo Maffei, que abriga desde antiguidades até instalações contemporâneas, ocupa posição de destaque entre os centros culturais do norte da Itália. E, após o incidente, a instituição quer transformar o episódio em um alerta permanente: não basta contemplar a arte — é preciso protegê-la.
CONHEÇA ROMA
Roma envolve tempos, temperos, arte, história. Em Roma, o antigo e o novo se encontram, misturam-se e, às vezes, se desafiam: é uma cidade que vive entre ruínas e monumentos, museus históricos como o Museu Nacional Romano e modernos, como o MAXXI. Por isso, é também chamada de Cidade Eterna.
Sobreviver a tempos clássicos e modernos não é simples; a cidade enfrenta conflitos para equilibrar o peso de sua história com as exigências do presente. Sua influência no mundo, até hoje, é um testemunho do poder de uma civilização capaz de transcender os séculos. Roma é tanto um museu vivo quanto um laboratório para o futuro, palco de heranças e de oportunidades.
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