A paisagem urbana de São Paulo pode estar prestes a mudar radicalmente. A Câmara Municipal aprovou, em primeira votação, um projeto de lei que libera o uso de painéis de LED em até 70% das fachadas de grandes prédios, principalmente em áreas como a Avenida Paulista, Santa Ifigênia e o centro histórico.

Avenida Paulista.
Inspirada na icônica Times Square, em Nova York, a proposta pretende transformar trechos estratégicos da capital em verdadeiros polos de comunicação visual, com painéis publicitários integrados à arquitetura — o que pode ter impacto direto na experiência de quem vive e visita a cidade.
O texto altera a atual regulamentação da chamada Lei Cidade Limpa, marco do urbanismo paulistano desde 2006. Com a nova proposta, o limite atual de 4m² por anúncio poderia saltar para 12m². Além disso, seriam liberadas propagandas em locais que antes eram proibidos, como:
Parques públicos.
Pontes e viadutos.
Imóveis tombados.

Parque Ibirapuera.
O vereador Rubinho Nunes, autor do projeto, defende que a publicidade em São Paulo pode se tornar um motor de revitalização urbana e estímulo ao turismo, desde que regulamentada com planejamento.
“O modelo da Times Square é um sucesso mundial e mostra como a publicidade, quando bem regulada, pode ser parte da identidade cultural de uma metrópole”, afirmou.
COMO ISSO AFETA O TURISMO EM SÃO PAULO?
Para turistas, a mudança pode alterar completamente a experiência visual de áreas icônicas da cidade. Regiões como a Avenida Paulista e o centro histórico poderão ganhar um ar mais cosmopolita e dinâmico, com fachadas digitais, telões e luzes, criando novos pontos instagramáveis — e também polêmicos.
Além disso, o projeto pretende movimentar o comércio, atrair eventos e fortalecer o setor de mídia exterior. A longo prazo, a expectativa é que essa nova estética gere interesse turístico e renove zonas urbanas que hoje estão degradadas.
QUEM É CONTRA A PROPOSTA?
Como era de se esperar, o tema divide opiniões. Urbanistas, arquitetos e entidades de preservação veem com preocupação a flexibilização da Lei Cidade Limpa, considerada um avanço importante para a organização visual da capital.
- Times Square, em Nova York.
- Times Square, em Nova York.
O arquiteto Valter Caldana, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, alerta para o risco de poluição visual e o enfraquecimento da identidade arquitetônica da cidade:
“O excesso de estímulos visuais pode comprometer a qualidade da experiência urbana e gerar sensação de caos.”
A oposição política também se manifestou, chamando o projeto de “Lei da Cidade Suja”. Segundo críticos, a fiscalização já é insuficiente atualmente, e a liberação de painéis poderia abrir caminho para abusos e descontrole na paisagem urbana.
E AÍ, SÃO PAULO É A NOVA NEW YORK?
Em meio à disputa por atenção visual nas grandes metrópoles do mundo, São Paulo se vê diante de uma encruzilhada: manter a sobriedade urbana como sinal de ordem e equilíbrio — ou abraçar a publicidade como parte viva da cultura da cidade.
Para os viajantes, a capital pode em breve oferecer um novo tipo de paisagem: menos cinza e mais pulsante, mas nem por isso menos controversa.
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