Visitar as ruínas maias em Tulum é como atravessar um portal no tempo. Entre templos erguidos no meio da selva, pirâmides imponentes e cidades inteiras à beira-mar, esses sítios arqueológicos revelam a força e a sofisticação de uma das civilizações mais marcantes das Américas.
Nosso guia reúne desde as famosas Ruínas de Tulum, com vista para o Caribe, até Chichén Itzá, considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, sem deixar de lado tesouros menos explorados, como Cobá e Ek Balam.
Cada ruína guarda histórias próprias: estradas sagradas que conectavam cidades, observatórios usados para desvendar os céus, estelas que registravam feitos políticos e até muros erguidos para separar classes sociais. Ao explorar esses lugares, você não só contempla construções milenares, mas também descobre como os maias interpretavam o tempo, organizavam sua sociedade e desafiavam a natureza para erguer monumentos que ainda hoje impressionam.
1. RUÍNAS MAIAS À BEIRA-MAR
Na região, é possível visitar os únicos sítios arqueológicos maias localizados em frente ao mar. Entre eles estão as Ruínas de Tulum, com vista para o Caribe, além de Cobá, Ek Balam e a famosa Chichén Itzá, considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Cada local revela parte da história desse povo milenar.
- Chichen Itzá
A cultura do povo maia também se manifesta — em máximo grau — por meio dos seus conhecimentos matemáticos (criação do número zero), astronomia (formação do calendário maia e aprimoramento agrícola) e escrita (hieróglifos, única escrita das Américas). Por isso, estas ruínas perpetuam esses ensinamentos por meio de indícios astrológicos históricos.
Outro denominador comum entre essas cidades é que seu auge prevaleceu de 250 d.c a 900 d.c, delineado pelo processo de urbanização e de uma organização política mais complexa. Após este período, principiou sua decadência. Em meados de 900 d.c teve início o fim do povo maia. Este, por sua vez, ocasionado por desastres naturais, empobrecimento do solo e guerras de origem desconhecidas.Até meados do século XVI, algumas vilas resistiram, sendo posteriormente impactadas pela presença dos espanhóis.
Não deixe de observar as pedras espalhadas pelo caminho, chamadas estelas, onde há inscrições e imagens produzidas pelos maias para registrar eventos e datas importantes. Por exemplo, a cada 20 anos faziam uma estela comemorativa com os acontecimentos importantes, além disso a elite política e religiosa usava desse monumentos para se promover e alcançar coesão e controle social e como uma ferramenta para negociar.
RUÍNAS DE TULUM
Especialmente famosa por sua localização, onde uma ilha privativa de água caribenha guarda histórias milenares. São 50 construções com diferentes funções – religiosas, moradia, realeza, espalhadas pela zona arqueológica que inclusive conta com um porto. A construção mais famosa é o El Castillo, farol em desuso e antigo espaço cerimonial.
Entre as ruínas maias, ainda é possível ver o muro que fora construído para a proteção e que delimitou espacialmente a divisão social, uma vez que dentro dos muros só poderia ficar a elite. E diferente das demais ruínas, em que o visitante sofre de calor sem solução, neste caso ele poderá descer as escadas e se banhar no mar.
Outra particularidade é que, a não ser que o plano seja seguir viagem para as ruínas de Coba, dá para fazer o trajeto de bicicleta saindo de Tulum. O percurso curto leva cerca de 14 minutos, mas por que não fazer desvios pela orla e ir acompanhada do mar?
A bilheteria e o estacionamento estão a 1 quilômetro da entrada, mas para aqueles que preferirem não acessá-los a pé, um trenzinho é disponibilizado. O passeio está aberto das 9h às 17h (último acesso Às 15h30) e o valor da entrada é US$ 5.
RUÍNAS EK BALAN
Suas ruínas recém- exploradas, das quais muitas ainda não se revelaram, mantem-se submergidas pela mata. Pela dificuldade do acesso muitos turistas não vão visitá-las — e é exatamente no isolamento que mora a beleza dessa experiência. Devido à baixa frequência de visitantes, paira sobre o ar um silêncio suspeito e instigante.
Além disso, ainda que a sua pouca escavação esconda a magnitude daquele espaço, sabe-se que lá existiu a capital do reino de Talol. E, entre as ruínas que se pode contemplar, e também interagir, está a Acrópolis, assim como nas cidades da Grécia Antiga. Essa construção de valor simbólico e estratégico evidencia a relação dos maias não apenas com a cultura egípcia, como é mais conhecido, mas também com a cultura grega.
Acesso mais difícil: combine com outras atrações
Como mencionado, o acesso dessas ruínas não é fácil, excursões não são comuns e nem transportes públicos, sobram apenas carros e táxis (coletivos também). Ela fica a uma distância de 1h27 de Tulum, mas o interessante é que pela região é possível explorar outros cenotes, tirolesa e, pela sua proximidade com Valladolid (e, naturalmente, com Chichen Itzá), talvez valha a pena emendar com outros programas. Ou até mesmo, passar algumas noites em Valladolid, encurtar as distâncias entre essas atrações.
O Ek Balan fica aberto das 8h às 17h e o ingresso para estrangeiros custa US$ 9,5 (65 pesos taxa federal + 128 pesos taxa estadual). Leve dinheiro em espécie, até mesmo para pagar os – possíveis – flanelinhas no estacionamento.
RUÍNAS DE COBA
Esse sítio arqueológico, situado entre duas lagoas cercadas por selva, possui, atualmente, uma área de 6 km². Anteriormente, abrangia de 70 a 80 km². Além disso, apresenta uma rede de ‘caminhos brancos’ (sacbés em maia). Se trata de estradas pavimentadas elevadas que conectavam os assentamentos do império entre 500 e 900 depois de Cristo.
Umas das particularidades dessa ruína maia é que você poderá explorá-la de bicicleta. Estas podem ser alugadas na entrada – ou de bicitáxis por US$ 2. Sugerimos também que calcule US$ 3 para a entrada; e em torno de US$ 50 para contratar um guia, ou pelo menos utilize do guia impresso.
Para programar sua visita, é importante saber algumas informações práticas. Isto é, essa experiência está localizada a 45 quilômetros do centro de Tulum. Tem duração de duas a três horas e pode ser combinada com outra ruína. Por fim, o horário de funcionamento é das 8h às 7h (último acesso às 16h30h.).