A Grécia está se preparando para enfrentar o crescente problema do overtourism que afeta seus destinos turísticos, especialmente Santorini.

Em 2023, o número de visitantes no país alcançou um recorde histórico, com turistas sendo atraídos pelas deslumbrantes ilhas do mar Egeu, seus locais históricos e a renomada culinária grega. No entanto, a chegada de grandes navios de cruzeiro tem exacerbado a situação, sobrecarregando a infraestrutura local e gerando preocupações sérias para o governo grego.

Grécia

Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro da Grécia, anunciou recentemente que o governo está considerando impor restrições ao número de navios de cruzeiro que podem visitar suas ilhas mais populares. A medida visa aliviar os problemas causados pelo excesso de turismo e proteger a integridade das áreas superlotadas. Embora ainda não tenham sido divulgados detalhes específicos sobre a implementação, como locais exatos ou o formato das restrições, a previsão é que as novas regras entrem em vigor até 2025.

Santorini, que já enfrenta uma enorme pressão devido ao seu status como principal destino insular do país, será um dos focos principais dessas restrições. Em 2023, a ilha recebeu cerca de 1,3 milhão de turistas, com aproximadamente 800 navios atracando em suas águas. As previsões para 2024 e 2025 indicam um aumento ainda maior, com a expectativa de 3,4 milhões de visitantes. A pressão sobre a pequena ilha de 15.500 habitantes e seus 76 quilômetros quadrados é imensa.

A Comissão Europeia já havia apontado, em 2018, que Santorini recebia uma média de 107,8 visitantes por cada 100 habitantes diariamente. Apesar do impacto negativo do excesso de turistas, que inclui a saturação dos recursos locais e a deterioração da experiência do visitante, o turismo continua a gerar um faturamento anual significativo de um bilhão de euros para a região.

O dilema é evidente: enquanto o turismo massivo é crucial para a economia local, ele também apresenta desafios significativos para a sustentabilidade e a qualidade de vida das comunidades locais. A Grécia enfrenta agora o desafio de equilibrar o gerenciamento do fluxo de turistas com a preservação de sua economia e infraestrutura.