Um projeto visionário promete transformar a mobilidade europeia. O Starline, conhecido como metro da Europa, nasceu no think tank dinamarquês 21st Europe e quer criar uma rede ferroviária de alta velocidade que conectará 39 cidades por mais de 22 mil quilômetros. Assim, a iniciativa combina eficiência e sustentabilidade, oferecendo uma alternativa direta aos voos de curta distância.

UM METRO CONTINENTAL A MAIS DE 400 KM/H

O metro da Europa propõe um sistema integrado de transporte ferroviário capaz de atingir velocidades acima de 400 km/h. Dessa forma, viagens que hoje exigem conexões aéreas demoradas passarão a ser diretas e sustentáveis.

Além disso, o projeto busca padronizar linhas, estações e experiências de bordo, reduzindo desigualdades entre os países. O grupo dinamarquês argumenta que a atual fragmentação do sistema limita a competitividade europeia frente ao transporte aéreo.

CONEXÕES ENTRE CAPITAIS E NOVAS ROTAS

O Starline vai muito além das capitais.

O plano inclui 424 cidades ligadas a portos, aeroportos e centros logísticos.

Uma das rotas mais longas unirá Lisboa e Kiev, passando por Madri, Bordéus, Lyon, Zagreb, Atenas e Bucareste. Além disso, novas conexões ligarão Nápoles a Helsínquia, Dublin a Kiev e Milão a Oslo, ampliando o alcance da rede.

Com isso, o metro da Europa fortalece o comércio, o turismo e a mobilidade laboral, ao mesmo tempo que conecta regiões menos acessíveis.

IMPACTO ECONÔMICO E SUSTENTÁVEL

O projeto também mira a sustentabilidade. O Starline pretende reduzir em até 95% as emissões de CO₂, substituindo voos curtos por trens de alta velocidade. Além disso, o transporte de cargas por ferrovia consome quatro vezes menos energia que o rodoviário.

As projeções indicam que a expansão da rede criará milhões de empregos e impulsionará o PIB das cidades envolvidas. Em países como a China, o crescimento urbano aumentou até 7,2% após a chegada das linhas de alta velocidade — e a Europa quer seguir o mesmo caminho.

DESAFIOS E VISÃO PARA 2040

Apesar do entusiasmo, o projeto enfrenta grandes desafios. A execução exige investimentos bilionários e cooperação entre governos, União Europeia e setor privado. Além disso, será essencial alinhar legislações nacionais e eliminar barreiras burocráticas, que ainda dificultam projetos dessa escala.

Mesmo assim, o grupo mantém o objetivo de colocar o metro da Europa em operação até 2040. Se conseguir, o continente entrará em uma nova era de conectividade, na qual os trens poderão — finalmente — competir em velocidade e conforto com os aviões.