As taxas de turismo no Brasil não são exatamente novidade, mas estão se espalhando por cada vez mais destinos. Criadas para financiar a conservação ambiental e organizar o fluxo de visitantes, essas tarifas já fazem parte da rotina de quem visita lugares como Fernando de Noronha (PE), Jericoacoara (CE) e Bombinhas (SC) — e devem chegar a novas cidades nos próximos anos.

O que antes parecia uma medida isolada, restrita a ilhas e vilas, agora se consolida como política de turismo sustentável. Cidades litorâneas, parques nacionais e municípios turísticos estão regulamentando cobranças que podem ultrapassar R$ 100 por dia, buscando equilíbrio entre turismo e preservação.
O QUE É A TAXA DE TURISMO E PARA QUE SERVE?
As chamadas Taxas de Preservação Ambiental (TPA), Taxas de Turismo Sustentável (TTS) ou Taxas de Conservação Ambiental (TCA) são valores cobrados de visitantes por municípios turísticos brasileiros.
O objetivo é simples e essencial: preservar o patrimônio ambiental e cultural que sustenta o turismo local.
FERNANDO DE NORONHA (PE): O PARAÍSO QUE INAUGUROU O TURISMO SUSTENTÁVEL NO BRASIL
Cercado por praias intocadas e natureza exuberante, Fernando de Noronha é o destino que deu início à cobrança de taxa de turismo no Brasil. Desde 1989, a ilha cobra a Taxa de Preservação Ambiental (TPA), que ajuda a financiar projetos de conservação e controle de visitantes.

- Por que existe a taxa: O objetivo é preservar o ecossistema local, garantir infraestrutura adequada e controlar o número de turistas.
- Quanto custa e como pagar: A taxa é de R$ 101,33 por pessoa, por dia, e pode ser paga antecipadamente pelo site do Governo de Pernambuco ou na chegada.
- Quem é isento: Moradores, pesquisadores e profissionais autorizados estão dispensados da cobrança.
- Por que vale a pena visitar: Ao pagar a taxa, o visitante contribui diretamente para manter Noronha entre os destinos mais bem preservados do planeta, com praias limpas e natureza protegida.
Assim como a ilha pernambucana, outros destinos brasileiros também vêm seguindo esse caminho sustentável — e Jericoacoara é um dos principais exemplos.
JERICOACOARA (CE): O PARAÍSO CEARENSE QUE COBRA PARA SE PRESERVAR
Famosa por suas dunas, lagoas e pôr do sol inesquecível, Jericoacoara é um símbolo do turismo consciente no Brasil. Desde 2017, o município de Jijoca de Jericoacoara cobra a Taxa de Turismo Sustentável (TTS) para equilibrar o crescimento do turismo com a preservação ambiental.

- Por que existe a taxa: A medida busca controlar o fluxo de visitantes e financiar serviços de limpeza, infraestrutura e conservação.
- Quanto custa e como pagar: O valor é de R$ 41,50 por visitante, com validade de 10 dias. O pagamento pode ser feito pelo site da Prefeitura de Jijoca, antes da viagem.
- Quem é isento: Estão isentos crianças até 12 anos, idosos a partir de 60, pessoas com deficiência e moradores locais.
- Por que vale a pena visitar: Além de colaborar com a preservação, o turista encontra uma vila mais organizada, com ruas limpas e estrutura compatível com o charme natural de “Jeri”.
Assim como Jericoacoara, Alto Paraíso de Goiás também aposta em uma gestão sustentável para proteger um dos cenários mais impressionantes do Cerrado brasileiro.
ALTO PARAÍSO DE GOIÁS (GO): NATUREZA PRESERVADA NA CHAPADA DOS VEADEIROS
No coração da Chapada dos Veadeiros, Alto Paraíso de Goiás é um destino cercado por cachoeiras, trilhas e paisagens de tirar o fôlego. Desde 2024, a cidade cobra a Taxa de Conservação Ambiental (TCA), reforçando o compromisso com o turismo sustentável.

- Por que existe a taxa: A cobrança ajuda a financiar ações de preservação ambiental, gestão do fluxo turístico e manutenção da infraestrutura urbana.
- Quanto custa e como pagar: O valor é de R$ 20 por pessoa para até sete dias de estadia. O pagamento pode ser feito pelo site ou aplicativo oficial, que gera um QR code apresentado nas portarias da Vila de São Jorge.
- Quem é isento: Idosos, pesquisadores e pessoas com deficiência têm direito à isenção.
- Por que vale a pena visitar: Além de contribuir para a conservação da Chapada, o visitante encontra melhor estrutura, trilhas sinalizadas e natureza bem cuidada.
MORRO DE SÃO PAULO (BA): PATRIMÔNIO PRESERVADO NO LITORAL BAIANO
Parte do arquipélago de Tinharé, Morro de São Paulo, no município de Cairu (BA), é um dos destinos mais procurados do Nordeste. Por isso, a cidade cobra a Tarifa por Uso do Patrimônio do Arquipélago (TUPA), destinada à preservação ambiental e urbana.

- Por que existe a taxa: A cobrança garante recursos para limpeza pública, coleta de resíduos, manutenção de praças e preservação ambiental.
- Quanto custa e como pagar: O valor é de R$ 50 por pessoa, com validade de 30 dias. Pode ser paga online ou na chegada, com emissão de comprovante eletrônico.
- Quem é isento: Moradores e trabalhadores locais não precisam pagar a tarifa.
- Por que vale a pena visitar: Com praias paradisíacas e ambiente limpo, Morro de São Paulo prova que turismo sustentável e beleza natural podem caminhar juntos.
SANTO AMARO DO MARANHÃO (MA): PORTAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES
Porta de entrada dos Lençóis Maranhenses, Santo Amaro do Maranhão passou a cobrar, em 2023, a Taxa de Turismo Sustentável (TTS). A iniciativa garante a manutenção das áreas turísticas e reforça o compromisso ambiental da região.

- Por que existe a taxa: Serve para fiscalizar atividades, manter a higiene pública e proteger o meio ambiente.
- Quanto custa e como pagar: O valor é de R$ 10 por pessoa, válido por três dias. Pode ser pago em postos de venda oficiais ou diretamente com operadores de turismo.
- Quem é isento: Moradores, maiores de 60 anos, menores de 12 e pessoas com deficiência não pagam.
- Por que vale a pena visitar: Com sua natureza impressionante e atmosfera tranquila, Santo Amaro oferece uma experiência autêntica e sustentável nos Lençóis Maranhenses.
BOMBINHAS (SC): SUSTENTABILIDADE NO LITORAL CATARINENSE
Localizada no litoral de Santa Catarina, Bombinhas cobra desde 2014 a Taxa de Preservação Ambiental (TPA), uma das mais conhecidas do país. A medida busca reduzir os impactos do aumento de visitantes na alta temporada.

- Por que existe a taxa: A cobrança visa garantir limpeza, segurança e manutenção ambiental durante os meses de maior movimento.
- Quanto custa e como pagar: O valor varia conforme o veículo:
Carros: R$ 38;
Caminhonetes: R$ 57;
Motos: R$ 4,50.
O pagamento pode ser feito nos acessos à cidade ou pelo site oficial.
- Por que vale a pena visitar: Bombinhas segue firme no propósito de preservar suas praias e oferecer um turismo mais organizado e sustentável.
UBATUBA (SP): A NOVA APOSTA DO LITORAL NORTE PAULISTA
Recentemente, Ubatuba também aderiu à cobrança da Taxa de Preservação Ambiental (TPA). A iniciativa busca reduzir os impactos do tráfego intenso de veículos e do aumento de visitantes na alta temporada.

- Por que existe a taxa: O recurso arrecadado é investido na preservação da natureza, infraestrutura urbana e educação ambiental.
- Quanto custa e como pagar:
Carros: R$ 13,73;
Motos: R$ 3,69;
Ônibus de turismo: R$ 97,14.
A cobrança é eletrônica, feita automaticamente ao entrar no município.
- Por que vale a pena visitar: Além de ajudar a proteger as praias e trilhas da região, o visitante encontra melhor estrutura e um destino cada vez mais sustentável.
ENTÃO, QUAL É O FUTURO DO TURISMO SUSTENTÁVEL NO BRASIL?
À medida que mais cidades brasileiras adotam a taxa de turismo, o país avança para um modelo de viagem mais consciente e responsável.
Essas tarifas financiam melhorias locais, protegem ecossistemas e garantem experiências de qualidade aos visitantes.
Afinal, viajar vai além de conhecer novos lugares — significa também cuidar dos destinos que amamos.
Quando a preservação entra no roteiro, turistas, comunidades e o meio ambiente saem ganhando.
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