Observar o céu noturno é uma arte milenar. Lugares com baixa poluição luminosa revelam um universo de estrelas, galáxias e fenômenos celestes diante dos olhos. Por isso, o astroturismo — também chamado de turismo astronômico — ganha cada vez mais adeptos pelo mundo. Quem busca momentos de contemplação, ciência e beleza natural encontra nesses destinos a combinação perfeita.

De desertos silenciosos a ilhas remotas, descubra cinco destinos fascinantes onde o céu vira protagonista e cada noite se torna um espetáculo à parte!

astroturismo

VALE A PENA INVESTIR O MEU TEMPO E DINHEIRO EM UMA VIAGEM DE ASTROTURISMO?

Sim! Além de fugir da rotina e das luzes urbanas, o astroturismo oferece a chance de observar constelações, eclipses, auroras boreais e até chuvas de meteoros com nitidez rara. Aliás, muitos locais contam com infraestrutura turística especializada, como observatórios, guias astronômicos e hospedagens temáticas. Por isso, é uma excelente opção para quem busca desacelerar e se reconectar com a natureza — e com o universo.

Em resumo, trata-se de um investimento que vale muito a pena para quem deseja uma experiência única e contemplativa.

1. DESERTO DO ATACAMA (CHILE)

O Deserto do Atacama encanta viajantes com noites claras, baixa umidade e altitudes elevadas. Em especial, na região de San Pedro de Atacama, é possível encontrar tours astronômicos com telescópios potentes, além de hospedagens como o Nayara Alto Atacama e o Hotel Explora, que oferecem experiências voltadas para o céu.

Para completar, os apaixonados por ciência não podem deixar de visitar o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), um dos maiores observatórios do planeta. Com isso, o Atacama se firma como um dos destinos mais impressionantes para o astroturismo.

(Foto: ALMA)

  • Quando ir: Entre março e novembro. Durante o inverno (junho a agosto), o céu costuma estar ainda mais limpo.
  • Valores: Voos de São Paulo para Calama (via Santiago) variam entre R$ 1.800 e R$ 2.500. De lá até San Pedro, são cerca de 1h30 de carro.

 

2. ILHAS CANÁRIAS (ESPANHA)

As Ilhas Canárias, especialmente Tenerife e La Palma, conquistaram o selo internacional “Starlight” — que certifica locais com qualidade excepcional de céu noturno. Nesse sentido, La Palma se destaca ainda mais: o Observatório de Roque de los Muchachos oferece tours incríveis ao pôr do sol e observações noturnas em um dos céus mais escuros da Europa.

Além disso, a paisagem vulcânica confere um visual único, o que torna a experiência ainda mais impactante e memorável.

  • Quando ir: De abril a outubro, quando o clima está mais estável e o céu, limpo.
  • Valores: Voos de São Paulo para Tenerife, com escalas, custam entre R$ 4.500 e R$ 6.000.

3. PARQUE NACIONAL JASPER (CANADÁ)

No coração das Montanhas Rochosas, o Parque Nacional Jasper se destaca como uma reserva de céu escuro reconhecida mundialmente. Ao longo do ano, o parque promove trilhas noturnas, acampamentos sob as estrelas e o Jasper Dark Sky Festival — evento anual que reúne especialistas, cientistas e apaixonados pelo cosmos.

Mesmo quando o festival não está em andamento, o local continua impressionando com a Via Láctea e, em certas épocas, com as auroras boreais. Ou seja, é um destino que oferece experiências astronômicas inesquecíveis em qualquer período do ano.

(Foto: Jasper Dark Sky Festival)

  • Quando ir: Vá entre setembro e outubro para o festival. Para ver auroras, o ideal é ir de fevereiro a março.
  • Valores: Voos para Edmonton ou Calgary (cidades base) partem de R$ 4.200 e podem chegar a R$ 6.500. O aluguel de carro é recomendado.

4. NAMÍBIA (ÁFRICA)

A Namíbia surpreende quem busca noites limpas, ar seco e paisagens amplas. No coração do deserto, lodges como o &Beyond Sossusvlei Desert Lodge possuem telescópios próprios e cúpulas de observação, proporcionando conforto e imersão total no céu africano.

Além disso, o país oferece uma experiência verdadeiramente singular: fazer um safári tradicional de dia e, à noite, mergulhar em um autêntico safári estelar. Dessa forma, a Namíbia combina natureza, aventura e contemplação em um só destino.

  • Quando ir: De abril a outubro, período da estação seca, ideal para observação.
  • Valores: Voos de São Paulo para Windhoek, com duas conexões, ficam entre R$ 6.000 e R$ 8.000.

5. NOVA ZELÂNDIA (OCEANIA)

Na Ilha Sul da Nova Zelândia, a região de Aoraki Mackenzie é uma das maiores reservas de céu escuro do mundo. Entre seus destaques, está o Observatório Mount John,, em Lake Tekapo, onde os visitantes observam estrelas do hemisfério sul, como a Cruz do Sul e as Nuvens de Magalhães.

Além disso, a paisagem ao redor — com montanhas, lagos e gelo — deixa tudo ainda mais mágico. Não por acaso, o local é considerado um dos melhores destinos do planeta para quem deseja unir astronomia e natureza de forma inesquecível.

(Foto: Concrete Playground)

  • Quando ir: De maio a setembro. O inverno garante maior nitidez e menor umidade.
  • Valores: Voos com escalas para Christchurch ou Queenstown custam de R$ 7.000 a R$ 9.500.

 

DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE O ASTROTURISMO

Algumas dúvidas sobre como planejar uma viagem dedicada ao astroturismo podem surgir na cabeça dos viajantes. Pensando nisso, nós da Travel, respondemos as principais dúvidas. Confira:

1.O que é astroturismo?

Astroturismo é o turismo voltado à observação do céu noturno, fenômenos celestes e paisagens astronômicas, como estrelas, eclipses e auroras.

2.Qual o melhor país para fazer astroturismo?

Chile, Namíbia e Nova Zelândia estão entre os melhores destinos do mundo, graças à baixa poluição luminosa e às condições ideais de observação.

3.Precisa de equipamentos especiais?

Não. Embora binóculos e telescópios ajudem, muitos locais oferecem estrutura para observação — e, em noites ideais, o olho nu já basta.

4.Dá para fazer astroturismo no Brasil?

Sim. Chapada Diamantina (BA), Jalapão (TO) e o interior do Piauí oferecem bons céus escuros e experiências incríveis de observação.

5. Quanto custa em média uma viagem completa para um desses destinos?

Os valores variam conforme o destino, a época e o estilo da viagem. Para uma viagem de 7 a 10 dias, o custo médio por pessoa pode ir de R$ 6.000 (Atacama, Chile) até R$ 20.000 (Nova Zelândia), considerando passagens, hospedagem, alimentação, transporte local e passeios. Planejar com antecedência e aproveitar promoções pode reduzir bastante os custos.

6. É possível fazer uma viagem destas em família?

Sim! Muitos destinos de astroturismo oferecem estrutura adequada para famílias, com hospedagens confortáveis, atividades educativas e experiências seguras para todas as idades. Observatórios costumam ter programas infantis e guias especializados em tornar a astronomia acessível e divertida para crianças.

UMA VIAGEM DE OUTRO UNIVERSO!

Mais do que uma tendência, o astroturismo propõe uma nova forma de viajar. Em vez de correr atrás de atrações urbanas, você desacelera, contempla e redescobre o céu. Cada destino dessa lista proporciona uma conexão cósmica poderosa — seja em desertos, montanhas ou ilhas distantes.

Seja qual for sua escolha, prepare-se para uma experiência que vai muito além da superfície.