O Museu do Louvre, em Paris, fechou as portas de forma abrupta na segunda-feira, 16 de junho, após uma greve inesperada dos funcionários.

Foto: Folha UOL
Portas fechadas, longas filas e turistas confusos marcaram o início do dia após uma greve espontânea dos funcionários. O movimento de greve no Louvre, iniciado durante uma reunião interna, reforça uma discussão crescente em destinos populares: os efeitos do turismo de massa sobre espaços culturais e urbanos.
Ao mesmo tempo em que atrai milhões de visitantes por ano, o Louvre enfrenta limites físicos e humanos para manter a qualidade da experiência oferecida.
A Mona Lisa, obra mais disputada do museu, é procurada diariamente por cerca de 20 mil pessoas. Isto é, visitar sua sala muitas vezes se assemelha mais a um show de celebridade do que a um momento de contemplação artística.
A greve ocorre poucos meses após o presidente Emmanuel Macron anunciar o plano “Nova Renascença do Louvre”, com foco em renovar estruturas, criar novos acessos e repensar o fluxo de visitantes até 2031. Uma das principais medidas será a criação de uma sala exclusiva para a Mona Lisa, com entrada controlada por horário.
No entanto, funcionários alegam que as transformações demoram a chegar e que o cotidiano segue desafiador, com poucos banheiros, áreas de descanso limitadas e calor excessivo sob a pirâmide de vidro.
Contudo, não é a primeira vez que o museu entra em greve.
As greves mais recentes foram:
em abril de 2013 (seguranças),
em maio de 2019 (funcionários por superlotação),
em janeiro de 2020 (contra a reforma da previdência).
TURISMO DE MASSA: UMA PREOCUPAÇÃO COMPARTILHADA
Em paralelo, protestos contra o turismo em massa também ocorreram em cidades como Lisboa, Barcelona e Veneza, evidenciando uma preocupação compartilhada em toda a Europa. Em Paris, a paralisação no Louvre é um lembrete de que preservar um patrimônio exige olhar não apenas para as obras expostas, mas também para as pessoas que trabalham para protegê-las.

Barcelona, Las Ramblas
Mesmo com um limite diário de 30 mil visitantes, a pressão sobre o museu tem crescido. Parte da estrutura já sofre com infiltrações e variações de temperatura, segundo alertas internos. A direção busca alternativas para manter o museu funcionando enquanto as obras de modernização avançam, e há a expectativa de reabertura parcial ainda nesta semana.
Mais do que um episódio isolado, o fechamento temporário do Louvre abre espaço para uma reflexão. Afinal, como equilibrar o acesso a um bem tão precioso com o cuidado necessário para garantir sua preservação? O museu, que há séculos representa o coração artístico da França, segue como um símbolo — não apenas da arte, mas também dos desafios do nosso tempo.
CONHEÇA PARIS
Paris é sempre uma boa ideia, já diria Audrey Hepburn. A cidade está em nosso imaginário como um lugar onde a delicadeza e a força se combinam; onde o ar carrega perfume, cheiro dos pães recém saídos do forno e romance. Tem sua arquitetura-referência, as molduras mais icônicas de todo Velho Continente, e criou um universo onde a arte é tão importante quanto a história. Ah, e ainda é dona de um dos sorrisos mais marcantes do nosso tempo: a Monalisa.
Na capital francesa, a sensação é de que se está sempre acompanhado de elementos importantes e de lugares especiais, vivendo algo único, mesmo dentro do metrô ou só flanando por aí. Por lá, cada caminho importa; afinal, em uma cidade tão icônica, estar, demorar-se e apreciar já é vivê-la… Aprenda com os franceses “A arte de viver” e simplesmente exista, mas em Paris, descobrindo que, às vezes, os clichês são realmente o que valem a pena.
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