A Coreia do Norte suspendeu o turismo estrangeiro na cidade de Rason, no extremo norte do país, apenas semanas após permitir a entrada de um grupo de 13 turistas internacionais. A medida foi confirmada por operadores turísticos, que alertam para restrições adicionais na região fronteiriça.

Operadores como Koryo Tours, Young Pioneer Tours (YPT) e KTG Tours, especializados em viagens à Coreia do Norte, anunciaram a interrupção das viagens à cidade. A KTG Tours informou em suas redes sociais que recebeu a confirmação da suspensão de Rason, pedindo para que turistas adiassem seus planos de viagem.

No mês passado, 13 turistas internacionais de países como Reino Unido, Canadá, Grécia e Austrália visitaram Rason, cidade famosa por sua zona econômica especial. A viagem de cinco dias, organizada pela Koryo Tours, permitiu que os turistas conhecessem fábricas, escolas e monumentos dedicados aos dois primeiros líderes do país, Kim Il-sung e Kim Jong-il.

Eles entraram na Coreia do Norte por via terrestre, vindo da China, sendo os primeiros não russos a visitar o país desde que as fronteiras foram fechadas pela pandemia.

O IMPACTO DAS RESTRIÇÕES NO TURISMO DA COREIA DO NORTE

O turismo sempre foi uma fonte importante de renda para a Coreia do Norte, especialmente antes da pandemia, quando cerca de 300 mil turistas chineses visitavam o país anualmente, representando mais de 90% do total de visitantes estrangeiros.

No entanto, especialistas apontam que as novas restrições, como a exigência de guias locais e a proibição de fotografias em locais sensíveis, podem prejudicar os esforços para reviver o setor. A Koryo Tours relatou também que, durante a recente visita a Rason, os turistas tiveram menos liberdade para explorar a cidade e interagir com os habitantes locais.

Além disso, a empresa também anunciou que está aceitando inscrições para a Maratona de Pyongyang, programada para 6 de abril, embora ainda não haja confirmação se as inscrições serão processadas.

Coreia do Norte

Apesar dos desafios, a Coreia do Norte ainda aposta no turismo como uma estratégia econômica, com novos complexos turísticos sendo planejados para a costa oriental do país, que devem ser inaugurados em junho. No entanto, a rigidez nas restrições pode dificultar a recuperação do setor, o que pode afetar ainda mais a economia do país.