A partir de junho desse ano, turistas que desejarem escalar o Monte Fuji precisarão pagar uma taxa de entrada de 4.000 ienes (cerca de US$ 27 ou R$ 155), o dobro do valor cobrado no ano passado. A decisão, anunciada na segunda-feira (17), faz parte de um conjunto de medidas para reduzir o turismo excessivo e proteger a montanha mais famosa do Japão, que recebe milhares de visitantes todos os anos.
Localizado a cerca de 70 quilômetros de Tóquio, o Monte Fuji é um dos destinos mais visitados do Japão. Em 2023, a prefeitura de Yamanashi implementou uma taxa de 2.000 ienes (cerca de R$ 77) e estabeleceu um limite diário de quatro mil visitantes na trilha “Yoshida”, a mais popular para alcançar o cume. Agora, a prefeitura vizinha de Shizuoka adotará a mesma taxa para as demais trilhas, que até então eram gratuitas.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente do Japão, 204.316 pessoas escalaram o Monte Fuji em 2024, uma leve redução em relação aos 221.322 visitantes registrados no ano anterior. O alto fluxo de turistas tem levantado preocupações sobre a segurança e os impactos ambientais na região, levando as autoridades a reforçarem medidas de preservação.
Coberto de neve durante grande parte do ano, o Monte Fuji é um dos símbolos mais reconhecidos do Japão. No verão, milhares de turistas sobem a montanha para admirar o nascer do sol a partir do cume. Além de sua importância natural, o vulcão inspirou diversas obras de arte, como a icônica gravura “A Grande Onda de Kanagawa”, de Hokusai.

(Foto: BBC)
O aumento da taxa do Monte Fuji reflete os esforços do Japão para administrar o crescente fluxo de visitantes. Em 2024, o país registrou um recorde de 36,8 milhões de turistas estrangeiros, o que levou diversas regiões a adotar medidas para mitigar os impactos do turismo excessivo e preservar seus patrimônios naturais e culturais.