Se o Rio de Janeiro tem o Pão de Açúcar, a Cidade do Cabo tem a Table Mountain. Essa majestosa pedra retangular — com 1067 metros de altura e três quilômetros de extensão — forma o enorme muro de rocha que domina a paisagem urbana. E tem o topo tão achatado que justifica o seu nome como “Montanha da Mesa”; já as nuvens que pairam sobre ela são chamadas pelos locais de “tablecloth”, ou toalha de mesa.
É das montanhas mais antigas da Terra. Ao longo dos milênios, a montanha sempre foi considerada como “a morada de Deus” pelos Khoisan, povo nômade do sul da África que, por dezenas de milhares de anos, formaram a maior população do planeta. Em outras palavras, hoje, restam apenas 100 mil falantes de Khoisan.
Mais recentemente, a Table Mountain se tornou não só um símbolo de perigo — morre mais gente escalando aqui que no Everest — mas também de liberdade. Quando Nelson Mandela, em um discurso, disse que durante seus anos de prisão na Robben Island costumava olhar para a silhueta da montanha e se carregar de inspiração. “Para nós, em Robben Island, a Table Mountain era como um farol de esperança. Representava uma terra firme para onde um dia iríamos voltar”.
A Table Mountain dá nome ao parque nacional que toma praticamente a península inteira. Aqui, na Cidade do Cabo, inclui: o Devil’s Peak (Pico do Diabo), o Lion’s Head (Cabeça de Leão), os 17 picos que formam os Twelve Apostles (Doze Apóstolos), e vai até o Cabo da Boa Esperança, passando por Boulders Beach.
Além de poder subir até o topo com o bondinho, há várias opções de trilhas, com diferentes níveis de dificuldade. Quer dizer, essa atividade é ideal para contemplar a rica flora e as vistas de tirar o fôlego para a cidade e o oceano. Só leve sempre um casaco, mesmo que esteja quente na cidade, pois pode ventar bastante lá em cima. Inclusive, se o tempo virar, o bondinho deixa de funcionar e você terá de descer a pé.
COMO CHEGAR?
A entrada para o bondinho fica na Tafelberg Road e está a 15 minutos de carro do V & A Waterfront. Aliás, o melhor jeito é pegar um táxi ou carro de aplicativo porque, na alta temporada, pode ser difícil estacionar o carro. Outra opção é pegar o ônibus vermelho, o City Sightseeing, que passa a cada 20 minutos e ainda permite que você compre o ingresso durante a viagem (economizando o tempo de fila).
Aí, há duas formas de subir até o topo da montanha. A mais comum é ir com o Cableway, o bondinho giratório que, além das vistas magníficas, passa bem pertinho das pedras. Vale a pena ressaltar que os ingressos variam conforme o horário de visita. Durante o horário normal (08h00 às 18h00), o bilhete de ida e volta custa cerca de R$135,00 para adultos e R$65,00 ZAR para crianças. Durante o horário da tarde (13h00 até o fechamento), o preço é reduzido para R$127,00 para adultos e R$ 60,00 para crianças.
A outra forma, gratuita, e que faz com que o passeio dure praticamente o dia todo, é por meio de uma trilha. Essa opção pode levar de 50 minutos a quatro horas, a depender do seu ritmo.
Preço: Entre R$60,00 – R$135,00.
Horário: Aberto todos os dias, das 08h00 ás 18h00.