Fundado em 2014, em Novo Airão, às margens do rio Negro, o desenho futurista dos bangalôs construídos inteiramente em madeira, em meio a castanheiras, tucumãzeiros e outras árvores nativas, remete a barcos invertidos — uma alusão à extinta indústria naval que existia na cidade até recentemente. A sustentabilidade é um dos pilares do projeto assinado pela arquiteta Patrícia O’Reilly, que optou por não desmatar a área e suspendeu as construções de forma a preservar a permeabilidade do solo. Uso de energia solar, compostagem de resíduos orgânicos e muita ventilação natural colaboram para uma menor pegada de carbono e uso consciente de recursos na operação do hotel. 

O Mirante do Gavião tem apenas 12 espaçosas acomodações — incluindo a Casa da Árvore, que abriga até seis pessoas, perfeita para famílias e grupos de amigos — espalhados em um belo projeto paisagístico. Além da possibilidade de se fechar diárias simples, com apenas o café da manhã incluso, são quatro opções de pacotes, que variam de uma noite e dois dias (geralmente para quem combina um cruzeiro pelo rio Negro que chega a Novo Airão e quer passar uma noite no Mirante antes de voltar para Manaus) até quatro-noites-cinco-dias. Assim como a grande maioria dos hotéis na Amazônia, o Mirante inclui no valor dos pacotes os traslados, as refeições, bebidas não alcoólicas e todas as atividades e passeios acompanhados de guias. 

Por estar em frente ao arquipélago de Anavilhanas, você vai conseguir aproveitar as centenas de praias que se formam nas ilhas próximas durante a vazante, e navegar de canoa por seus igapós durante a cheia; visitar algumas das comunidades ribeirinhas da região; fazer uma trilha até a gruta do Madadá; e sair para os flutuantes para interagir com botos-cor-de-rosa e pirarucus. 

Além da beleza, do conforto e da proximidade com a natureza (os quartos nem têm televisão para que os hóspedes se desconectem parcialmente do mundo), o Mirante também surpreende na gastronomia com o restaurante à la carte Camu Camu. Com assinatura da chef Débora Shornik, responsável também pelos cardápios do Flor do Luar, em Novo Airão, e do Caxiri, em Manaus (todos ótimos e recomendados), espere por muitos peixes de rio locais (surubim, tucunaré, pirarucu), mas também pratos da cozinha internacional e uma seleção surpreendente de pratos vegetarianos (não deixe de provar o creme de cogumelos yanomami).

O hotel, que conta ainda com piscina, sala de jogos e salas para massagem, fica a 180 quilômetros de Manaus, e o traslado está incluso no valor dos pacotes. Só não deixe de, na ida ou na volta, contratar o serviço de hidroavião para voar até Manaus e se deslumbrar com a vista de cima da floresta amazônica e do arquipélago de Anavilhanas. Se, de carro, o trajeto é feito em três horas, em hidroavião esse tempo diminui para 45 minutos e sai por R$ 5.400, em um hidroavião com capacidade para até oito passageiros. 

Para o pacote de uma noite e dois dias em um quarto com duas pessoas no sistema em estão incluídos os traslados, as refeições (com exceção das bebidas, sejam alcoólicas ou não) e todos os passeios, calcule a partir de R$ 4.800, ou a partir de R$ 2.000 para uma diária simples para duas pessoas, apenas com café da manhã. Para o pacote Gavião-Real de quatro noites para duas pessoas, calcule a partir de R$ 22.000, no sistema all-inclusive. O Mirante do Gavião também oferece a possibilidade de day-use.