Fusão entre moda, arte e arquitetura: O Design District de Miami é um dos destinos mais elegantes e vanguardistas da cidade. Este bairro compacto, mas repleto de atrações, convida tanto os visitantes que desejam fazer compras de alto nível quanto os que buscam uma imersão cultural através de galerias de arte e instalações públicas. Aqui, o luxo encontra a criatividade, e cada esquina revela uma nova experiência visual ou sensorial.

Embora muitas vezes seja chamado de “shopping a céu aberto”, o Design District é muito mais do que um lugar para desfilar o cartão de crédito. Com ruas arborizadas e calçadas amplas, o bairro oferece uma atmosfera que combina sofisticação com um toque artístico. A sensação de estar em um espaço especialmente curado é palpável: desde as fachadas das lojas até as esculturas espalhadas pelas ruas, cada detalhe parece ter sido planejado para criar uma experiência estética completa.

O coração do Design District está na Palm Court, uma praça que se tornou um verdadeiro cartão de visitas do bairro. Essa área central é o ponto de partida ideal para explorar a região, com suas lojas de grife e instalações artísticas espalhadas pelos dois andares que compõem o espaço. A escultura central da praça é a famosa cúpula geodésica “Fly’s Eye” de Buckminster Fuller, um ícone da arquitetura futurista e um dos muitos exemplos de como o Design District integra arte e urbanismo. Ao redor dessa obra, coqueiros e mesas ao ar livre convidam os visitantes a fazer uma pausa e apreciar a atmosfera refinada, especialmente à noite, quando a praça é iluminada e o calor típico da Flórida dá lugar a uma brisa mais agradável.

Fly’s Eye

O bairro também é conhecido por sua arquitetura ousada e inovadora. Uma das fachadas mais icônicas é a da Palm Court, projetada pelo arquiteto japonês Sou Fujimoto, cuja estrutura de vidro recortado é uma verdadeira obra de arte em si. Outras lojas de renome, como a Dior e a Bulgari, se destacam por suas fachadas imponentes, sendo esta última famosa pelo seu jogo de luz e sombras que destaca os elementos tridimensionais em cores douradas.

VITRINE DAS TENDÊNCIAS

O Design District é o destino preferido para quem busca o que há de mais recente em moda, arte e design de luxo. Marcas icônicas como Dior, Givenchy, Balenciaga e outras grifes de alta-costura têm suas lojas aqui, tornando o bairro um verdadeiro paraíso para os amantes da moda. No entanto, é importante lembrar que as lojas não são outlets, e os preços refletem o valor de coleções recentes e exclusivas.

Fachada da Bulgari na Palm Court. Não deixe de visitar durante a noite! Foto: Flickr/Phillip Pessar.

Para quem prefere apenas admirar as vitrines sem fazer grandes compras, o Design District também oferece uma experiência única. As fachadas de lojas como a Fendi, que muda de cor regularmente, e a Bulgari, com seu efeito de chiaroscuro, são atrações por si só. A arquitetura impressionante dessas lojas, combinada com as vitrines cuidadosamente elaboradas, fazem do bairro um museu ao ar livre para os apreciadores de design e moda.

CRIATIVIDADE EM PAUTA

Além das grifes de luxo, a arte desempenha um papel central no Design District. O bairro foi revitalizado a partir da década de 1990, quando o empresário Craig Robins viu o potencial de transformar o local, até então composto por galpões abandonados, em um centro de arte e design. Ao convidar estilistas, arquitetos e designers renomados, como Christian Louboutin e Louis Vuitton, Robins não só revitalizou a área, mas também deu início a um movimento que atraiu gigantes da moda, como Gucci e Prada.

Hoje, o bairro é repleto de esculturas e instalações de artistas renomados. A já mencionada “Fly’s Eye” é apenas uma das muitas obras de arte que podem ser vistas a céu aberto. Na 1st Avenue, por exemplo, encontra-se “Climax“, uma instalação pública de Jean-Thierry Besin que, com sua estrutura de aço reciclado, faz uma crítica ao aquecimento global. No edifício Moore, um prédio histórico que sobreviveu à revitalização do bairro, encontra-se “Elastika“, uma instalação da famosa arquiteta Zaha Hadid, que integra arte e arquitetura de forma inovadora. Até mesmo os estacionamentos ganham status de arte no Design District: o Garage Museum é um exemplo de como até os espaços mais funcionais podem ser transformados em obras arquitetônicas impressionantes.

 

Além das esculturas e instalações públicas, o Design District também abriga galerias e museus que exibem o melhor da arte contemporânea. Um dos destaques é o de la Cruz Collection, uma coleção privada de Rosa e Carlos de la Cruz, aberta ao público de forma gratuita. Localizado na 41st Street, o museu apresenta exposições anuais que exploram o trabalho de artistas contemporâneos de todo o mundo.

Outro espaço é o Institute of Contemporary Art (ICA), também gratuito. O ICA é conhecido por suas exposições experimentais e por dar espaço a artistas emergentes. Além de sua coleção permanente, o museu conta com o “sculpture garden”, um jardim de esculturas ao ar livre que proporciona uma experiência artística única em meio à cidade.

GASTRONOMIA DO ESTRELADO AO CASUAL

A evolução do Design District não seria completa sem uma cena gastronômica à altura. Os restaurantes do bairro são tão diversos quanto sofisticados, oferecendo opções para todos os gostos. Desde churrascarias coreanas até bistrôs mediterrâneos, os estabelecimentos do Design District refletem a diversidade e a criatividade do local.

Um dos destaques é o COTE Miami, uma churrascaria coreana que combina o conceito de steakhouse americana com a tradição coreana de grelhar carnes na mesa. Com uma estrela Michelin em sua localização original em Nova York, o COTE Miami promete uma experiência gastronômica sofisticada, com cortes de carne maturados a seco por 45 dias e preparados na frente dos clientes.

Outra opção é o Mandolin Aegean Bistro, um restaurante mediterrâneo que oferece uma experiência autêntica ao ar livre. Localizado em uma casa reformada da década de 1940, o bistrô serve pratos frescos, utilizando ingredientes colhidos diretamente de seu próprio jardim.

Ambiente charmoso ao ar livre e comida fresca do Mediterrâneo. Foto: Divulgação.

Para os que buscam uma opção mais casual, o Michael’s Genuine Food & Drink é um restaurante que já faz parte da história do bairro. Fundado em 2007, quando o Design District ainda estava em transformação, o restaurante do chef Michael Schwartz é conhecido por sua comida simples, mas de alta qualidade, preparada com ingredientes frescos e cozinhada em forno à lenha.

Premiado hambúrguer do Michael’s Genuine Food & Drink. Foto: Divulgação.

Se a indecisão bater na hora de escolher onde comer, o Mia Market é uma excelente alternativa. Esse food hall oferece uma variedade de pequenas cozinhas que vão desde comida espanhola até pratos típicos do sul dos Estados Unidos, tudo em um ambiente descontraído e moderno.

Se você está indeciso, o Mia Market oferece uma variedade de opções. Foto: Divulgação.

COMO CHEGAR

Chegar ao Design District é relativamente simples, especialmente se você estiver vindo de carro. O bairro está localizado a cerca de 15 minutos do centro de Miami, e embora seja possível encontrar vagas na rua, o mais comum é utilizar os estacionamentos pagos ou o serviço de valet, que custa em torno de US$ 5 pelas primeiras quatro horas. Para uma experiência mais completa, é possível combinar a visita ao Design District com uma passada em Wynwood, o bairro vizinho conhecido pelas suas famosas Wynwood Walls, uma galeria de grafites a céu aberto que atrai visitantes do mundo inteiro.