O trem para Machu Picchu suspenso desde segunda-feira (15) deixou cerca de 900 turistas retidos em Aguas Calientes, no Peru. O bloqueio da ferrovia aconteceu após protestos de moradores em meio a um impasse sobre a concessão do transporte por ônibus até a entrada da cidadela inca. Apesar da retirada de 1.400 visitantes com apoio da polícia, a PeruRail informou nesta quarta-feira (17) que o serviço segue paralisado. Confira nesta matéria os detalhes do protesto e a situação atual dos viajantes.

TREM PARA MACHU PICCHU SUSPENSO: COMO COMEÇOU O PROTESTO

Tudo começou quando moradores bloquearam a ferrovia em Cusco na segunda-feira (15), o que deixou o trem para Machu Picchu suspenso. A mobilização aconteceu por causa de um impasse sobre a concessão do transporte de ônibus entre Aguas Calientes e a entrada da cidadela inca. Como a concessão da Consettur terminou após 30 anos, os manifestantes exigiram que uma nova empresa assumisse o serviço. Por isso, os protestos cresceram e pressionaram as autoridades locais.

A PeruRail informou que os manifestantes colocaram pedras e troncos nos trilhos, o que impossibilitou a circulação dos trens. Além disso, a concessionária Ferrocarril Transandino relatou que terceiros realizaram escavações na linha, comprometendo a estabilidade da via. Diante dessa situação, a empresa decidiu suspender temporariamente as operações ferroviárias, enquanto espera a garantia de segurança para retomar o transporte.

TURISTAS RETIDOS E SITUAÇÃO ATUAL

Na terça-feira (16), a ministra do Comércio Exterior e Turismo, Desilú León, confirmou que a polícia retirou cerca de 1.400 turistas de Aguas Calientes. Apesar dessa operação, aproximadamente 900 visitantes continuam na região sem condições de sair em segurança. As autoridades ainda não anunciaram um plano definitivo de evacuação, o que aumenta a incerteza e gera frustração entre os viajantes.

Hoje, quarta-feira (17), a PeruRail reforçou que mantém a suspensão dos serviços ferroviários e que não há data confirmada para a retomada. Além disso, o setor turístico expressou preocupação, já que Machu Picchu recebe em média 4.500 visitantes por dia. A organização internacional New7Wonders também alertou o governo peruano de que o prolongamento do conflito pode prejudicar a imagem da cidadela como uma das sete novas maravilhas do mundo.

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