Se estiver acontecendo alguma manifestação política, pode ter certeza que a Praça dos Três Poderes será o local escolhido para reunir as pessoas. Não só as concentrações populares ocorrem por aqui, mas também o hasteamento da bandeira e a troca da guarda do palácio presidencial. A partir deste enorme espaço aberto, é possível observar o Palácio do Planalto (Executivo), o Congresso Nacional (Legislativo) e o Supremo Tribunal Federal (Judiciário) ao norte, oeste e sul, respectivamente.
No espaço há ainda diversos monumentos, como a estátua símbolo de Brasília: dois corpos abraçados portando lanças. Por estar no meio da praça, esta obra era anteriormente conhecida como Os Guerreiros por “guardarem” a democracia e o futuro da nação. No entanto, Bruno Giorgi afirmou ser uma homenagem aos reais construtores da cidade, por isso a mudança do nome para Os Candangos, maneira que os operários migrantes, em sua maioria sertanejos, eram chamados.
A escultura Os Guerreiros é uma homenagem aos candangos que construíram Brasília (Foto: Reprodução/Waldr)
Próxima à estátua está a Casa de Chá, um ponto de encontro muito famoso para happy-hours na década 1980, mas quase imperceptível. Sua arquitetura semi-enterrada e discretíssima na praça foi projetada justamente para não tirar o foco dos célebres edifícios do entorno. Além disso, ela traz a sensação de que flutua devido à construção em pele de vidro (método de aplicação de vidro em fachadas de forma que as estruturas de metal ficam ocultas.)
ANTES E DEPOIS
Após sofrer com as interferências políticas e a falta de um locatário, o local ficou abandonado por quase 20 anos. Porém, recentemente, ganhou uma reforma estrutural da Equipe Lamas em parceria com a Bloco Arquitetos. Com a revitalização do espaço, a Casa de Chá não tem mais a mesma finalidade de décadas atrás. Atualmente, é um Centro de Atendimento ao Turista (CAT), onde os visitantes podem encontrar informações sobre os pontos turísticos e mapas da cidade. Há ainda um pequeno restaurante, porém é restrita a venda de bebidas alcoólicas e não está aberto ao público até tarde, como antes.
O Museu Histórico de Brasília também está na Praça dos Três Poderes, onde está uma escultura do busto de Juscelino Kubitschek feita em pedra-sabão, rocha muito macia e escorregadia, que pesa uma tonelada e meia. O museu é um relicário da cidade, dedicado a preservar a memória de Brasília. Sua exposição permanente, chamada “Interiorização da Capital”, relata a construção da cidade, fornecendo dados históricos, culturais e urbanísticos. As visitações podem ser realizadas em inglês, português e braile.
Além disso, ainda é possível a visitação no Espaço Lúcio Costa e Espaço Oscar Niemeyer, onde estão preservadas as memórias dos arquitetos e urbanistas que construíram Brasília. Por fim, a grande estrela mesmo é o Pavilhão Nacional do Brasil, obelisco de 100 metros de altura projetado por Sérgio Bernardes com 24 barras que representam os estados da época. Na parte superior, está hasteada a bandeira do Brasil, considerada a maior do mundo com 20 metros de altura e 14 de largura. Todo primeiro domingo do mês, as Forças Armadas realizam uma cerimônia para a troca da bandeira.
