Oscar Niemeyer soube executar com maestria o projeto do Palácio do Planalto! Embora tenha sido construído no final da década de 1950, o estilo minimalista proporciona uma atemporalidade que destaca o prédio. Desde a sua inauguração, o Palácio do Planalto serve como local para que o presidente da república possa executar o seu trabalho — como nomeação de cargos, ratificação dos projetos de lei aprovados pelo Congresso Nacional.
Caminhando pela rampa do Palácio do Planalto, no dia 15 de março de 1985, José Sarney, encerrou a ditadura e, finalmente, a democracia foi reinstaurada. O lugar é emblemático não somente por sua arquitetura, mas por toda a história que carrega em cada detalhe.
Por ser um edifício minimalista, as obras de arte dispostas nos andares ganham maior destaque. Ao entrar no Palácio do Planalto, você se depara com muitas obras importantes. A escultura Espaço Circular em Cubo, de Franz Weissman, e as cerâmicas do nordestino Zezinho de Tracunhaém que representa Santa Bárbara (padroeira dos fundidores), Santo Antônio (padroeiro dos humildes) e Nossa Senhora da Conceição (padroeira afetiva do Recife). Há também obras como Os Orixás, de Djanira da Motta e Silva, As Mulatas, de Di Cavalcanti, e muitas outras.
Além disso, foi construído a Galeria dos Presidentes, que retrata todos os governantes do país desde a Proclamação da república em 1889, e a Galeria de Arte do Palácio onde são expostas telas do período Concretista e Neoconcretista escolhidas a dedos por Niemeyer e sua filha, Anna Maria Niemeyer.
COMO É A SUA ARQUITETURA?
Sua construção é de deixar qualquer um de queixo caído. Uma estrutura livre de 125 metros de comprimento por 58 metros de largura — com muitos vãos e sob pilotis em arcos, colunas de sustentação. Localizado na região norte do triângulo da Praça dos Três Poderes, sua estrutura se assemelha com a arquitetura dos templos gregos, embora a disposição das colunas no vão livre não seja a mesma.
Como outras construções de Brasília, o Palácio do Planalto possui subsolo além dos quatro andares. O térreo abriga os ambientes de serviço do órgão. O primeiro andar, acessado pela rampa principal, contém três salões com capacidade para 250, 500 e 1500 pessoas. O terceiro andar destinava-se ao presidente e seus assessores. Por último, o quarto andar era restrito aos gabinetes militar e civil, ao lado de suas secretarias. Além disso, para garantir uma boa iluminação, Niemeyer optou por cores monocromáticas, predominando as cores claras.
Além disso, existe o charme do grandioso espelho d’água repleto de carpas coloridas em frente a fachada principal do prédio projetado por Burle Max. Com um pouco mais de um metro de profundidade, o espelho ainda garante uma melhoria na temperatura e umidade do ar, servindo também como barreira física contra tentativas de invasão.
Interessante observar que cada governo deixou a sua marca no interior do palácio. O governo militar alterou o espaço e rebaixou o forro em alguns ambientes para instalar ar condicionado. Depois, Fernando Collor dividiu um dos espaços do segundo andar para a construção do Salão Oval para reuniões interministeriais.